A s�tima fase da Opera��o Mar de Lama, a for�a-tarefa que investiga uma rede de corrup��o em Governador Valadares, no Valendo Rio Doce, foi deflagrada, na manh� desta quarta-feira, dando cumprimento a nove mandados judiciais em Governador Valadares, sendo quatro de pris�o preventiva, tr�s de busca e apreens�o e duas ordens de afastamento de fun��es p�blicas.
Quatro pessoas foram presas sob acusa��o de fraudes em licita��o: o procurador-geral do munic�pio, Schinyder Exupery Cardoso, e de dois secret�rios municipais (Jaider Batista, da Educa��o; e Edmilson Soares, do Desenvolvimento). O quarto detido � Omr Quintino, ex-chefe do Servi�o de �gua e Esgoto (Saae), autarquia municipal, j� est� preso desde maio passado. Ele � apontado como um dos cabe�as do esquema.
Nesta fase, seis dispensas de licita��o foram objeto de investiga��o. Foi constatado um superfaturamento m�nimo de R$ 711.655,01, no qual teria havido direcionamento das obras para as empresas “parceiras” e suposta montagem de procedimentos administrativos, para dar apar�ncia de legalidade aos atos. Tamb�m foram objeto de investiga��o supostos crimes de corrup��o passiva, corrup��o ativa e peculato, praticados por agentes p�blicos municipais e empres�rios que, supostamente, integravam o esquema criminoso e, aparentemente, dele se beneficiavam.
De acordo com as provas obtidas, logo ap�s a prefeitura liberar o pagamento das faturas das empresas envolvidas, os empres�rios, supostamente, sacavam parcelas do dinheiro, que variavam entre 5% e 10%, e, aparentemente, as entregavam aos agentes p�blicos, como uma esp�cie de “ped�gio”, “contrapartida” ou “custo pol�tico”.
Os respons�veis pela for�a-tarefa conceder�o mais informa��es na tarde de hoje. A Mar de Lama foi deflagrada, em abril passado, depois de t�cnicos do Minist�rio da Transpar�ncia, Fiscaliza��o e Controle constatarem desvio de repasses federais ao munic�pio para reparo em estragos causados pela chuva de 2014.
Os t�cnicos encaminharam um dossi� das irregularidades � Pol�cia Federal e ao Minist�rio P�blico Federal. Durante as investiga��es, constatou-se crimes tamb�m na esfera estadual, sendo acionado o Minist�rio P�blico de Minas Gerais.