S�o Paulo, 11 - O Senado aprovou nesta quinta-feira, 11, a ado��o no Pa�s do Acordo de Paris sobre mudan�as clim�ticas, que prev� que todos as na��es tomem medidas para reduzir suas emiss�es de gases de efeito estufa a fim de conter o aquecimento global a bem menos de 2�C at� o final do s�culo.
O texto j� tinha sido aprovado pela C�mara em meados de julho e segue agora para promulga��o da Presid�ncia da Rep�blica. O avan�o foi mais r�pido do que o esperado e h� a expectativa de que o acordo seja ratificado at� setembro.
Como contribui��o ao acordo, o Brasil se comprometeu a reduzir suas emiss�es em 37% at� 2025, com indica��o de chegar a 43% at� 2030, na compara��o com os valores de 2005. Para atingir a meta, se prop�s a zerar o desmatamento ilegal na Amaz�nia at� 2030, a recuperar 12 milh�es de hectares de �reas desmatadas e aumentar a fatia de fontes renov�veis na matriz energ�tica.
Para entrar em vigor, o acordo, que come�a a valer a partir de 2020, precisa ser ratificado, ou seja, adotado como lei nacional, por pelo menos 55 pa�ses que representem 55% das emiss�es do planeta. At� o momento, 22 pa�ses, dos 197 que participam da Conven��o do Clima da ONU, j� ratificaram o acordo, mas representam apenas 1,08% das emiss�es.
A expectativa � que o presidente interino, Michel Temer, leve o documento de ratifica��o � Assembleia Geral da ONU, que ser� realizada em 21 de setembro em Nova York. O secret�rio geral das Na��es Unidas, Ban Ki-moon, convocou os pa�ses a confirmarem seu compromisso com o Acordo de Paris durante o evento, quando deve ocorrer um evento especial de ratifica��o do tratado. A expectativa � que China e Estados Unidos, os dois maiores emissores do planeta, tamb�m ratifiquem o acordo na assembleia.
Campanha
Durante a Olimp�ada, o Observat�rio do Clima est� conduzindo uma campanha para que atletas e l�deres se manifestem em prol da meta de 1,5�C como limite m�ximo para o aquecimento global. Pelo Acordo de Paris, os pa�ses se comprometeram a realizar esfor�os para que o aumento da temperatura fique bem abaixo de 2�C, com tentativa de ficar em 1,5�C. O valor � considerado crucial principalmente para os pa�ses-ilhas, que j� sofrem com um m�nimo de aquecimento.
No final de julho, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, embarcou na campanha, posando com a plaquinha que lembra �o recorde que n�o devemos quebrar�.
Ao comentar a aprova��o pelo Senado, o secret�rio executivo do Observat�rio do Clima, Carlos Rittl, lembrou o epis�dio. �O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, assumiu em nome do governo brasileiro o limite de 1,5�C como meta a ser perseguida. E reconheceu que isso exige que sejamos muito mais ambiciosos. Temos agora de passar a falar s�rio sobre desmatamento zero associado a muita restaura��o florestal, sobre matriz energ�tica sem f�sseis e sobre massifica��o do cr�dito agr�cola para agricultura e pecu�ria de baixo carbono�, disse em nota distribu�da � imprensa.
�Este caminho n�o � bom apenas para o clima. � �timo tamb�m para nossa economia, com nosso potencial �nico de a��o clim�tica gerando crescimento econ�mico, redu��o de desigualdades e assegurando competitividade e empregos�, complementou.
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Senado brasileiro aprova acordo de Paris
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