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Estado de Minas

PF prende alvo da Opera��o Custo Brasil por coa��o de testemunha


postado em 12/08/2016 19:55

S�o Paulo, 12 - A Pol�cia Federal prendeu Marcelo Maran, s�cio do advogado Guilherme Gon�alves, apontado como respons�vel pela contabilidade do Fundo Consist, no qual eram movimentados valores recebidos de um esquema de desvio de recursos de empr�stimos consignados montado no Minist�rio do Planejamento entre 2010 e 2015. Maran foi preso nesta quinta-feira, 11.

O dinheiro do fundo seria usado no pagamento de despesas pessoais do ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento) e tamb�m seria empregado em campanhas pol�ticas.

A ordem de pris�o contra Maran, bra�o direito de Guilherme Gon�alves, foi despachada pela 6.� Vara Federal Criminal de S�o Paulo, a mesma que recebeu, na semana passada, a den�ncia do Minist�rio P�blico Federal contra Paulo Bernardo, Maran, Gon�alves e mais 10 pessoas.

O ex-ministro, o advogado e seu s�cio s�o r�us pelos crimes de organiza��o criminosa, lavagem de dinheiro e corrup��o passiva.

Segundo a Opera��o Custo Brasil, Paulo Bernardo teria recebido R$ 7,1 milh�es em propinas do esquema Consist. Ele chegou a ser preso no dia 23 de junho, por determina��o do juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, mas seis dias depois foi solto por ordem do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

A defesa do ex-ministro recha�a as suspeitas sobre ele. A advogada Ver�nica Abdalla Sterman, que defende Paulo Bernardo, afirma que ele n�o recebeu propinas do esquema Consist.

A for�a-tarefa da Custo Brasil - miss�o integrada do Minist�rio P�blico Federal e da Pol�cia Federal - tomou o depoimento de uma testemunha do caso. Essa pessoa j� havia sido ouvida na fase de inqu�rito, pela for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato, em Curitiba, em julho de 2015.

Na ocasi�o, a testemunha contou que o dinheiro do Fundo Consist pagava despesas pessoais de Paulo Bernardo e que Marcelo Maran havia dito que o dinheiro era desviado para campanhas pol�ticas tamb�m e que o escrit�rio fazia pagamentos por servi�os n�o prestados.

No depoimento anterior, a testemunha contou que Maran tentou "coopt�-lo", em agosto de 2015, quando ela pediu demiss�o do escrit�rio de Gon�alves por causa da Opera��o Pixuleco, fase da Lava Jato que antecedeu a Custo Brasil.

Trecho do depoimento dessa testemunha foi usado na den�ncia da Opera��o Custo Brasil. Quando Maran tomou conhecimento da �ntegra da den�ncia, procurou o irm�o da testemunha que havia trabalhado um ano no escrit�rio de Gon�alves, entregou a ele um envelope com o trecho da den�ncia que mencionava o depoimento e disse: "Entregue isto para seu pai e pede para ele conversar com seu irm�o, para que ele mude o depoimento dele."

Para os procuradores da Rep�blica Andrey Borges de Mendon�a, Rodrigo de Grandis, Silvio Lu�s Martins de Oliveira e Vicente Mandetta, respons�veis pelo caso, "n�o h� d�vida de que Maran tentava cooptar a testemunha e de que agora a amea�ou".

"A pris�o preventiva � necess�ria para garantia da instru��o quando o imputado interfere na produ��o da prova. No caso, referida interfer�ncia se manifesta pela tentativa inicial de cooptar a testemunha para a continuidade do esquema, com o oferecimento de vantagens semelhantes �s que Maran recebia, para que n�o sa�sse do escrit�rio, e, atualmente, em raz�o da tentativa de alterar o depoimento da testemunha. A amea�a, embora destinada ao irm�o do depoente, possu�a clara e certa finalidade: fazer com que a testemunha alterasse seu depoimento e deixasse de incriminar Marcelo Maran", afirma o Minist�rio P�blico Federal no pedido de pris�o, que foi acatado pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo.

A reportagem n�o localizou a defesa de Marcelo Maran.


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