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Estado de Minas

Bumlai diz que ex-assessor especial de Lula pediu para 'deixar a obra' do s�tio


postado em 17/08/2016 20:13

S�o Paulo, 17 - O pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, declarou � Pol�cia Federal nesta quarta-feira, 17, que o ex-assessor especial do petista no Pal�cio do Planalto, Rog�rio Aur�lio Pimentel, o procurou e pediu que "deixasse a obra" do s�tio Santa B�rbara, em Atibaia (SP).

A conversa, segundo Bumlai, ocorreu em 2010. Na ocasi�o, o pecuarista estava ajudando na amplia��o das acomoda��es do s�tio, segundo afirmou, a pedido da ent�o primeira dama, Maria Let�cia.

Bumlai dep�s no inqu�rito da Opera��o Lava Jato que investiga o ex-presidente como real propriet�rio do Santa B�rbara - o que � negado taxativamente pela defesa de Lula.

Segundo Bumlai, Marisa pediu a ele que os ajudasse na amplia��o para que pudesse "passar os finais de semana".

O pecuarista afirmou ao delegado M�rcio Anselmo, da PF, que solicitou a um engenheiro da usina da sua fam�lia que atendesse o pedido da mulher de Lula. Depois, disse Bumlai, "n�o teve mais contato com o assunto". "O engenheiro providenciou tudo."

Muito debilitado por um c�ncer na bexiga e complica��es card�acas, o pecuarista chegou e saiu da sede da PF em S�o Paulo amparado por seus advogados, Daniella Meggiolaro e Conrado Almeida Prado.

Ele est� em regime de pris�o domiciliar, mas o juiz S�rgio Moro, da Lava Jato, determinou seu retorno � pris�o fechada no dia 23. Bumlai � r�u am a��o penal por causa do emblem�tico empr�stimo de R$ 12 milh�es tomado por ele junto ao Banco Schahin, em outubro de 2004. O dinheiro foi destinado ao PT. Bumlai diz que foi "o trouxa perfeito do PT".

Sobre as obras no Santa B�rbara, na PF, o pecuarista relatou que "ap�s uns dias, recebeu liga��o de Aur�lio para deixarem a obra, pois n�o estava andando a contento".

O ent�o assessor especial de Lula informou que "uma construtora de verdade iria tocar a obra". De acordo com Bumlai, "tinham pressa na reforma".

O pr�prio Aur�lio j� dep�s � PF, no dia 4 de mar�o, na Opera��o Aletheia - desdobramento da Lava Jato que pegou Lula e o conduziu coercitivamente para uma sala no Aeroporto de Congonhas.

Aur�lio disse, na ocasi�o, que exerceu a fun��o de assessor especial desde janeiro de 2003 at� 2011 - antes, foi chefe do Almoxarifado da Prefeitura de Mau�, na Grande S�o Paulo.

Em seu depoimento, Aur�lio resumiu a obra - "constru��o de bloco de quatro su�tes, bem como a reforma da piscina" - e revelou ter levado "envelopes com dinheiro" para efetuar pagamentos em um dep�sito de materiais de constru��o.

"N�o sabe dizer quem pagava pelos custos dos materiais comprados e usados na obra. Chegou por duas vezes a levar envelopes com dinheiro para pagar no dep�sito de materiais de constru��o, pelos materiais usados na obra, sendo que recebia os envelopes com o dinheiro da pessoa de Frederico e entregava os envelopes ao respons�vel pelo dep�sito", disse o ex-assessor de Lula, na �poca.

Defesa

Em nota, os advogados do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva esclarecem, em rela��o ao depoimento prestado hoje pelo Sr. Jos� Carlos Bumlai � Pol�cia Federal, que:

(a) A Opera��o Lava Jato n�o pode ter qualquer d�vida sobre a propriedade do S�tio de Atibaia. Desde mar�o, os investigadores disp�em de farta documenta��o fornecida pelos propriet�rios - Fernando Bittar e Jonas Suassuna - comprovando, dentre outras coisas, que (i) eles adquiriram a propriedade com recursos pr�prios e (ii) pagaram com recursos pr�prios manuten��o e reformas no local. A prova sobre a propriedade de um im�vel � documental, e j� foi feita pelos donos do s�tio;

(b) O ex-presidente, portanto, n�o � o propriet�rio do S�tio de Atibaia, que pertence �s pessoas que efetivamente constam no t�tulo de propriedade arquivado no Cart�rio de Registro de Im�veis;

(c) O ex-presidente - que � amigo de Jac� Bittar h� mais de 40 anos - frequentou o local com seus familiares a partir de 15/01/2011, a convite dos propriet�rios. Tal fato n�o � crime, e tampou existe qualquer elemento concreto que possa vincular uma investiga��o sobre a propriedade � Opera��o Lava Jato.


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