Londres, 18 - A revista brit�nica The Economist que chega neste fim de semana �s bancas diz que o presidente em exerc�cio, Michel Temer, conseguiu renovar os �nimos na economia "apenas por n�o ser a senhora Rousseff". A publica��o, no entanto, afirma tamb�m que o governo interino aumentou os gastos e aliviou d�vidas dos Estados. "Assessores dizem que essa generosidade vai comprar apoio pol�tico para as reformas fiscais", diz a reportagem.
A reportagem da publica��o sobre o Brasil intitulada "O �nico caminho � para cima" diz que a recess�o continua no Pa�s, mas que a economia come�a a dar alguns sinais de rea��o. "O mercado tem melhorado desde que ele assumiu o comando. Mais pr�-neg�cios que a presidente de esquerda e mais astuto em lidar com o Congresso, o senhor Temer promete reformas para aumentar a confian�a", diz a revista.
A publica��o destaca o esfor�o reformista do presidente em exerc�cio, mas aponta para uma contradi��o: o relaxamento das condi��es fiscais. "O senhor Temer quer alterar a Constitui��o para congelar os gastos do governo em termos reais e para reformar as pens�es generosas demais. At� agora, por�m, ele aumentou gastos", diz a revista, ao lembrar que o rombo fiscal previsto pelo governo interino � maior que o previsto por Dilma Rousseff e que o governo Temer aumentou os sal�rios dos servidores p�blicos e tamb�m aliviou a d�vida de Estados.
"Assessores do senhor Temer dizem que essa generosidade vai agora comprar apoio pol�tico para as reformas fiscais uma vez que a senhora Rousseff for afastada do cargo. Os mercados acreditam nisso e o custo do seguro contra calote dos t�tulos do governo caiu. Mas esses aplausos acabar�o a n�o ser que o senhor Temer consiga superar esse elevado desafio que ele colocou para si e para o Pa�s", diz a revista.
Enquanto a economia espera a execu��o das reformas, a publica��o cita alguns sinais incipientes de rea��o da atividade como o aumento de 18% na importa��o de bens de capital, aumento da produ��o industrial pelo quarto m�s seguido, queda dos estoques e estabiliza��o no movimento nas estradas. Apesar desses sinais, a reportagem diz que "a economia ainda n�o est� em boa forma". O texto nota que indicadores como o desemprego devem piorar ainda mais nos pr�ximos meses e investidores t�m demonstrado cautela como, por exemplo, no leil�o frustrado da Celg.