S�o Paulo e Curitiba, 19 - O empres�rio Fernando Bittar, s�cio de um dos filhos do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, afirmou � Pol�cia Federal, nesta quarta-feira, 16, que "parte das obras" no S�tio Santa B�rbara, em Atibaia (SP) foram realizadas "em raz�o da necessidade de recep��o do acervo presidencial do ent�o presidente da Rep�blica".
Bittar � s�cio de Fabio Lu�s Lula da Silva, o Lulinha na BR4, holding que controla a Gamecorp e dono oficial da propriedade rural que a Lava Jato diz pertencer ao petista. Al�m da suposta oculta��o patrimonial, a for�a-tarefa de procuradores da Rep�blica e delegados federais aponta que reformas realizadas no im�vel em 2011 e 2014 foram pagas pelas empreiteiras Odebrecht e OAS e ocultaram propinas do esquema Petrobr�s.
Ouvido em S�o Paulo pelo delegado M�rcio Adriano Anselmo, Bittar disse que as obras "de seguran�a, instala��o do gerador circuito fechado de TV" "foram realizadas diretamente" por ele.
O investigado confirmou que conheceu "Paulo Gordilho, funcion�rio da OAS, quando trataram da quest�o da reforma da cozinha do im�vel de Atibaia". Para a Lava Jato, a nova cozinha instalada em 2014 foi um "benesse" concedida pela empreiteira, a mando do seu ex-presidente Jos� Aldem�rio Pinheiro, o L�o Pinheiro, como contrapartida por contratos da Petrobr�s.
Compra
Bittar contou para a PF que a ideia de compra do s�tio de Atibaia "surgiu numa reuni�o familiar" entre ele, seus irm�os e o pai, Jac� Bittar � ex-prefeito petista de Campinas, amigo de Lula desde a d�cada de 1970. "Para que pudessem se reunir receber os amigos."
Ele confirmou que o valor do im�vel, quando foi comprado, em 2010, era de R$ 1,5 milh�o, e que era composto por duas propriedades: o S�tio Santa B�rbara e o S�tio Santa Denise. Disse que n�o dispunha na �poca do dinheiro para pagar o dono. Foi quando teria proposto ao seu s�cio Jonas Suassuna, dono do Grupo Editora Gol, que adquirisse uma das partes do S�tio Santa B�rbara.
Bittar afirmou � PF que a origem do dinheiro para compra de sua parte do s�tio, correspondente a R$ 500 mil, foi feito com dinheiro emprestado pelo pai.
"Esses valores foram originados da conta banc�ria do pai do declarante para conta do declarante", registrou a pol�cia, no termo. "Esses valores foram registrados como empr�stimo que posteriormente foi lavrado um contrato de doa��o do valor."
Ouvido pela PF em mar�o, um funcion�rio da fam�lia Bittar que diz cuidar das propriedades do pai e dos filhos declarou n�o conhecer o S�tio Santa B�rbara, em Atibaia. Celso Viera Prado estava em outro im�vel rural registrado em seu nome, no munic�pio de Manduri (SP). No depoimento desta quinta-feira, Bittar citou os im�veis que tem em Manduri. Segundo ele, o s�tio seria vendido em 2010 para que ele pudesse comprar a propriedade em Atibaia. Mas a venda n�o foi realizada ap�s obter o empr�stimo do pai e a parceria com o s�cio.
Bittar disse que � s�cio das empresas Coskin, G4 e BR4, sendo esta �ltima uma holding com participa��o na empresa Gamecorp. Procurado por meio de sua defesa, o empres�rio n�o foi localizado para comentar o depoimento do funcion�rio, que disse desconhecer a propriedade em Atibaia.
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Bittar diz que s�tio foi reformado para receber acervo presidencial
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