S� na semana que vem ser� discutido aumento de impostos, diz Meirelles

S�o Paulo, 19 - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira, 19, que n�o foi discutido hoje o tema de poss�veis aumentos de impostos, mas que o governo provavelmente ter� uma decis�o sobre o assunto at� a semana que vem, quando deve enviar a proposta do Or�amento de 2017 ao Congresso.

Meirelles participou de um encontro convocado pelo presidente da Rep�blica em exerc�cio, Michel Temer, com boa parte da equipe econ�mica e as principais lideran�as do Congresso em S�o Paulo.

O ministro disse ser altamente plaus�vel acreditar que o Senado aprove, at� o fim deste ano, a proposta de emenda constitucional (PEC) que zera o crescimento real dos gastos do governo.

Segundo Meirelles, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que esteve no encontro, j� havia apresentado um progn�stico de que a PEC deve ser votada em dois turnos at� o in�cio de novembro. Isso daria tempo para o Senado aprovar a mat�ria este ano, o que garantia sua validade j� para 2017.

No encontro desta sexta-feira estiveram presentes, al�m do presidente da C�mara, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), que � presidente da Comiss�o Mista de Or�amento, o l�der do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), o l�der do governo na C�mara, Andr� Moura (PSC-SE), e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

No esquema apresentado nesta sexta por Meirelles, apesar da regra de crescimento real zero das despesas estar em vigor para o Or�amento para 2017, ficaram de fora dessa limita��o os gastos com sa�de e educa��o, que j� possuem um piso determinado pela Constitui��o.

Isso indica que, em rela��o ao que aconteceria se a PEC estivesse em vigor, a nova formata��o mostra um or�amento menos rigoroso e significa que o governo ter� de cortar gastos em outras �reas para atingir a meta de um d�ficit total de R$ 139 bilh�es no ano que vem.

Questionado sobre esse ponto, Meirelles n�o quis entrar em detalhes sobre o impacto fiscal e disse que o governo decidiu adotar a regra de gastos dentro do Or�amento de 2017 e anunciar isso hoje porque existem prazos legais que precisam ser seguidos sobre a pe�a or�ament�ria. "No momento o que vale � a Constitui��o. A PEC dos gastos ainda n�o foi aprovada, ent�o n�s temos que seguir a Constitui��o".