Bras�lia, 25 - O subsecret�rio-geral de Assuntos Econ�micos e Financeiros, embaixador Carlos M�rcio Bicalho Cozendey, avaliou nesta quinta-feira, 25, que C�pula de L�deres do G-20 do pr�ximo m�s ser� uma oportunidade para o novo governo mostrar aos demais pa�ses do grupo suas propostas de reformas econ�micas. Caso confirmado o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o presidente em exerc�cio, Michel Temer, tem presen�a confirmada no encontro que ser� realizado nos dias 4 e 5 de setembro em Hangzhou, na China.
"Se Temer for confirmado no cargo, a principal mensagem que tentar� transmitir � a da transi��o pol�tica, com �nfase no novo programa econ�mico do Brasil", disse Cozendey. Segundo ele, caso o impeachment n�o seja aprovado no Senado, caber� a Dilma decidir se participar� da reuni�o na China, mas at� o momento n�o houve contato entre o Itamaraty e a presidente afastada.
J� como presidente efetivo do Brasil, Temer tamb�m teria uma s�rie de encontros bilaterais com os chefes de Estado de pa�ses membros do G-20, a pedido desses governos. O anfitri�o China, Espanha, It�lia e Ar�bia Saudita j� solicitaram essa agenda com Itamaraty.
Antes da C�pula nos dias 4 e 5, a delega��o brasileira participar� ainda no dia 2 de um encontro em Xangai no qual empres�rios brasileiros e chineses discutir�o oportunidades de com�rcio e investimentos. De acordo com o embaixador, a lista de minist�rios que ir�o participar da viagem ainda n�o est� fechada.
Em briefing sobre a c�pula, Cozendey destacou que os pa�ses do G20 devem avaliar o andamento de medidas de coordena��o macroecon�micas propostas h� dois anos - durante a presid�ncia australiana no grupo - que tinham como objetivo alavancar em 2 pontos porcentuais o crescimento da economia global em cinco anos. Cerca de 45% da medidas propostas j� foram executadas, 15% est�o em dificuldades e o restante se encontra em processo de execu��o.
"Em Hangzhou ser� feita uma avalia��o do que j� foi feito pelos pa�ses. E como em toda c�pula do grupo, ser� aprovado novo plano de a��o com propostas de pol�ticas econ�micas para ajudar o crescimento da economia global", detalhou o embaixador.
Um segundo pilar proposto pela presid�ncia chinesa no G-20 ser� buscar fatores e elementos estruturais que possam gerar crescimento a m�dio prazo. "O G-20 tomou muitas medidas de curto prazo durante a crise. Agora, a inten��o � colocar em discuss�o fatores estruturais para retomar crescimento", acrescentou, destacando tem�ticas como inova��o, economia digital e a chamada nova revolu��o industrial.
A c�pula tamb�m dever� abordar a contribui��o do G-20 para a Agenda 2030 da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) que tem foco no desenvolvimento sustent�vel. Os pa�ses membros tamb�m devem aprofundar a coopera��o na �rea anticorrup��o, aprovando princ�pios sobre pessoas procuradas por corrup��o e sobre recupera��o de ativos. "A troca de informa��es tribut�rias para evitar evas�o fiscal continua e est� sendo implementada", completou Cozendey.
Al�m disso, h� uma s�rie de outras discuss�es que tamb�m ser�o abordadas no encontro. Os pa�ses devem trocar impress�es e diagn�sticos com o com�rcio mundial e sobre os princ�pios que devem gerir acordos de investimentos. Tamb�m haver� debates sobre energias renov�veis e a diversifica��o de instrumentos financeiros para a �rea de infraestrutura.
De acordo com Cozendey, o Brasil dever� participar ativamente tamb�m das discuss�es sobre plataformas de empreendedorismo inclusivo e de diretrizes sobre agricultura familiar.