Bras�lia, 28 - O senador A�cio Neves (PSDB-MG) disse que a presidente afastada, Dilma Rousseff, ser� respons�vel pelo tom da sess�o desta segunda-feira (29), quando far� um pronunciamento em sua defesa no plen�rio do Senado Federal. "Obviamente, se ela Dilma errar no tom, as nossas respostas ser�o no mesmo tom", afirmou o senador, ao chegar neste domingo � reuni�o da base aliada do governo do presidente em exerc�cio, Michel Temer, na lideran�a do PSDB no Senado.
A�cio disse que caber� ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, n�o permitir que a petista se exceda nas respostas dadas aos senadores, uma vez que n�o h� limite de tempo para sua fala depois dos questionamentos. A medida tem como objetivo n�o cercear a liberdade da r�.
"N�o � momento de festa nem para que os que apoiam o impeachment", disse A�cio. "N�s sabemos que um processo como esse deixa traumas n�o apenas no Congresso, mas na sociedade", completou.
O senador reiterou que os colegas v�o tratar a presidente com "absoluto respeito", como ju�zes. Ele disse n�o haver preocupa��o a respeito da presen�a dos convidados de Dilma na galeria do Senado para acompanhar seu pronunciamento.
Ao ser questionado sobre a presen�a do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e do cantor Chico Buarque entre os convidados da petista, A�cio disse que a lista de convidados dos parlamentares favor�veis ao afastamento definitivo de Dilma tamb�m vai ser "significativa".
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) afirmou que as quest�es ser�o objetivas e que os senadores da base aliada n�o v�o cair em provoca��es. O l�der do DEM no Senado protagonizou, por dois dias seguidos, brigas e discuss�es com os senadores petistas no plen�rio. "Ela que vai dar o tom", afirmou Caiado.
Tamb�m participam da reuni�o o l�der do governo Aloysio Nunes (PSDB-SP), o l�der do PSDB no Senado, C�ssio Cunha Lima (PB), os tucanos Jos� An�bal (SP), Tasso Jereissati (CE) e o peemedebista Waldemir Moka (MS).
O senador Agripino Maia (DEM-RN) afirmou que o objetivo � n�o transformar Dilma em "v�tima". "A ordem � n�o correr o risco de mudar o resultado do jogo que j� est� jogado", disse.
Segundo ele, muitos dos senadores poder�o abrir m�o de fazer perguntas se perceberem que isso poder� favorecer a petista. At� o momento, 47 parlamentares se inscreveram para questionar Dilma. "S� resta a ela a vitimologia, porque argumentos ela j� n�o tem", disse.