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Estado de Minas

Em provoca��o a Dilma, Caiado canta "Apesar de voc�"


postado em 28/08/2016 14:13

Bras�lia, 28 - O l�der do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), recorreu � letra de "Apesar de voc�", de Chico Buarque, um hino da esquerda contra o regime militar, para traduzir a expectativa em rela��o ao depoimento da presidente afastada, Dilma Rousseff, marcado para �s 9 horas desta segunda-feira (29). "Apesar de voc�, amanh� h� de ser um outro dia", cantarolou, ao sair da reuni�o com senadores da base aliada do governo do presidente em exerc�cio, Michel Temer, na manh� deste domingo.

De camiseta polo manga curta verde bandeira e mocassim Prada, Caiado disse que um dos traumas de sua vida � n�o saber cantar. No ensaio da primeira comunh�o, uma freira teria dito ao senador goiano que ele deveria apenas mexer a boca em vez de cantar. "Mas hoje vou passar o dia treinando 'Apesar de voc�, amanh� h� de ser um novo dia...'", provocou.

"Apesar de voc�" � uma das principais m�sicas de protesto composta por Chico Buarque nos anos 1970. O cantor voltou a entoar o hino neste m�s, contra Temer, depois de ficar mais de 40 anos sem cantar letras muito associadas � luta contra o regime militar. Chico Buarque � um dos convidados de Dilma para a sess�o desta segunda, junto com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

"De um lado a elite pol�tica, que participou de todos os benef�cios desses 13 anos em que a sociedade foi duramente penalizada. Do outro lado, a voz dos 200 milh�es de brasileiros que foram para as ruas", afirmou Caiado, completando que a lista de convidados da base aliada � de "pessoas comuns".

O tom descontra�do marcou a reuni�o dos l�deres governistas na manh� deste domingo. Acostumados a vir ao Senado de terno e gravata, todos dispensaram a formalidade e vieram de trajes esportivos, como cal�a jeans e camisas.

Perguntas a Dilma

Os senadores aproveitaram o encontro para discutir como v�o abordar a presidente Dilma e a ordem de quem vai fazer as perguntas. Eles escalaram nomes de mais representatividade para serem os primeiros.

O relator do processo de impeachment no Senado, Ant�nio Anastasia (PSDB-MG), vai ser o quinto. O l�der do governo na Casa, Aloysio Nunes (PSDB-SP), o s�timo. O presidente do PSDB nacional, A�cio Neves, ser� o 11�.

At� agora, 47 dos 81 senadores est�o inscritos para fazer perguntas durante o depoimento da petista. A primeira ser� feita pela senadora K�tia Abreu (PMDB-TO), uma das mais ferrenhas defensoras de Dilma. Do lado favor�vel ao impeachment, falar� primeiro a senadora Ana Am�lia (PP-RS).

Segundo A�cio Neves, as perguntas se delimitar�o aos assuntos t�cnicos dos motivos do impeachment, como a edi��o de decretos suplementares e as chamadas pedalada fiscais, que s�o atrasos no repasse a bancos p�blicos. Ele disse que quem dar� o tom ser� a presidente.

"Vamos tratar a presidente afastada com todo respeito que ela merece como pessoa e como presidente, mas n�o vamos aceitar provoca��es. Se existirem, ser�o respondidas � altura", disse o senador Jos� Agripino (DEM-RN).

Protagonista dos principais estranhamentos nos primeiros dias do julgamento, Caiado foi questionado sobre como ser� sua rea��o caso os petistas o provoquem. Respondeu que "para cada a��o, tem uma rea��o". "O risco que corre o pau, corre no machado", disse o senador, citando um ditado, segundo ele, goiano.

O depoimento da presidente afastada est� marcado para come�ar �s 9 horas. Ela ter� 30 minutos para fazer uma exposi��o inicial, tempo que pode ser prorrogado. Em seguida, os senadores ter�o cinco minutos para fazer suas perguntas. A presidente n�o tem um tempo delimitado para as respostas.

Segundo os senadores, eles usar�o o tempo n�o s� para question�-la sobre os pontos do processo, mas tamb�m para fazer an�lises sobre a atual conjuntura, uma consequ�ncia, de acordo com eles, da administra��o petista.

Os apoiadores do impeachment esperam que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, estabele�a limites para a fala de Dilma. No entanto, o magistrado n�o deve interromper a presidente afastada, uma vez que isso pode ser considerado, juridicamente, cerceamento de liberdade da defesa da r�.


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