Bras�lia, 29 - Em resposta � sua aliada, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), Dilma Rousseff aproveitou para fazer um 'mea culpa' sobre a sua rela��o com o Congresso Nacional. Criticada por Eduardo Amorim (PSC-SE), que disse que ficou decepcionado com a "falta de di�logo" de Dilma, a petista pediu desculpas ao parlamentar por n�o ter "atendido �s expectativas". Ela disse que tem clareza de que a conversa com os deputados e senadores � necess�ria, mas ressaltou que isso n�o � base para nenhum crime de responsabilidade.
Gleisi perguntou se com os cortes feitos pelo governo interino ser� poss�vel continuar os investimentos nos Estados. A estrat�gia da oposi��o � criticar medidas adotadas pela gest�o de Michel Temer e destacar conquistas do governo Dilma. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, contudo, orientou Dilma a responder apenas quest�es relativas ao seu governo.
Dilma declarou que atendeu todos os Estados com recursos para obras. "Tenho muito orgulho de ter tirado o Brasil do mapa da fome, e n�s tiramos por meio do Bolsa Fam�lia, que muitas vezes foi chamado de Bolsa Esmola." A presidente afastada tamb�m lembrou que a antiga oposi��o apelidou o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida de "Minha Casa, Minha Dilma". Segundo ela, o intuito era "desmerecer o programa".
Durante a sua fala, Dilma cometeu uma gafe ao chamar o presidente do STF de "senador Lewandowski", que relevou o engano.
Em sua fala, Gleisi, que foi ministra de Dilma, disse que a vida de Dilma Rousseff � uma homenagem � democracia e que os senadores que s�o favor�veis ao impeachment, chamados por ela de algozes, prefeririam estar invis�veis, "para n�o serem lembrados por este momento cretino do parlamento brasileiro".
A senadora disse ainda que a m�dia internacional � quase un�nime em afirmar que o Brasil � v�tima de golpe. "Aqui n�o h� tanques, baionetas, mas n�o faltaram tortura emocional, pol�tica e psicol�gica", disse a senadora.
Gleisi afirmou tamb�m que os senadores deveriam julgar a presidente afastada pelas obras de infraestrutura que foram feitas nos Estados dos senadores. "Todos aqui sabem da import�ncia do PAC, brigavam pelos investimentos", disse.