(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Mais de 2/3 dos discursos de senadores s�o favor�veis ao impeachment

Pelo placar parcial e considerados os discursos durante os debates j� h� n�mero suficiente para afastar a presidente Dilma em definitivo


postado em 31/08/2016 03:07 / atualizado em 31/08/2016 08:22

Dos 63 senadores que discursaram na sess�o que come�ou ontem no in�cio da tarde encerrou �s 2h36 da madrugada de hoje, 43 se declararam favor�veis ao impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.

Embora n�o tenha havido nos pronunciamentos um m�nimo 54 apoios para condenar Dilma por crime de responsabilidade, proporcionalmente houve manifesta��es entre os senadores para consider�-la culpada.

O quorum para retirar Dilma do cargo - o maior de vota��es do Congresso - � de dois ter�os, ou 66,66% dos votos. Nos discursos, houve um aval ao afastamento definitivo de Dilma de 68,25% dos senadores.

A sess�o de pronunciamentos durou 12 horas e encerrou com 43 manifesta��es favor�veis de senadores ao impedimento, 18 contr�rias e dois n�o declararam explicitamente seus respectivos votos (veja quadro abaixo). Ao todo, 18 senadores n�o participaram da dessa fase de pronunciamentos.

Ao final da sess�o, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que comanda o processo de impeachment, declarou suspensa a sess�o e afirmou que o julgamento ser� retomado nesta quarta-feira �s 11 horas com a �ltima etapa.

Vota��o

No final da manh� desta quarta-feira, os 81 integrantes da Casa v�o votar de forma decisiva o impedimento da presidente e decidir se a petista merece ser condenada � cassa��o de seu mandato por crime de responsabilidade.

Os 54 votos necess�rios para afastar Dilma j� s�o dados como certos pelo governo do presidente interino, Michel Temer.

Pelo menos 55 senadores j� anunciaram que v�o votar pelo afastamento. Se ela for condenada, Temer assume efetivamente o Pa�s at� o final de 2018.

Na sess�o que come�ou na ter�a-feira, os debates ficaram polarizados. Os parlamentares apoiadores de Dilma repetiram a tese de que h� um golpe de Estado para destituir a petista.

J� os cr�ticos da presidente afastada disseram que ela n�o dialogou com o Parlamento, cometeu il�citos e que o processo � legitimado pelo STF, j� que o presidente da Corte � tamb�m presidente do tr�mite no Senado.

O presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), disse em seu discurso que Dilma n�o assumiu em seu discurso ao Senado "seus erros" e culpou a oposi��o pela desestabiliza��o do Pa�s no per�odo de seu governo.

"Quis�ramos n�s poder ter essa for�a, n�o para desestabilizar, mas para ajudar o governo a corrigir rumos. N�o, n�o � a oposi��o que � respons�vel pelos delitos cometidos", disse o tucano.

O l�der do PMDB, Eun�cio Oliveira (CE), um dos senadores mais pr�ximos do governo Michel Temer a discursar, assumiu a mesma linha do tucano.

"A presidente n�o veio ontem, aqui, diante desta Casa, fazer uma autocr�tica. Apesar das mais de dez horas em que aqui esteve e permaneceu neste plen�rio, falou com o seu p�blico apenas para completar e concluir a sua brilhante biografia. N�o inovou; ao contr�rio, repetiu os argumentos que j� vinham sendo usados. Portanto, sem surpresa tanto em rela��o � coragem da presidente, quanto em rela��o ao seu distanciamento permanente deste Parlamento", disse o peemedebista.

Os aliados da petista sa�ram na defesa. O l�der da oposi��o, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que a hist�ria vai reservar a Dilma "um lugar de honra". "A senhora nunca vai precisar esconder o seu rosto, como esses que votam pelo impeachment. Viva Dilma Rousseff, viva a democracia", disse.

Golpe

Primeiro a falar, o senador Gladson Cameli (PP-AC) anunciou o voto a fator da condena��o da petista e reacendeu a discuss�o: "N�o vejo como golpe lutar pelo cumprimento das leis e da constitui��o. (...) Golpe � mentir para ganhar as elei��es". O �ltimo a se pronunciar, o senador Rom�rio (PSB-RJ), fez um curto discurso e tamb�m defendeu a sa�da definitiva de Dilma.

Aliados de Dilma reagiram e refor�aram o discurso da presidente afastada, de que ela est� sendo julgada pelo "conjunto da obra". "E n�o adianta ficarem irritados porque n�s usamos a express�o "golpe". "N�o somos n�s apenas, � o mundo inteiro, � a opini�o p�blica mundial, s�o os grandes �rg�os da imprensa do mundo", disse o l�der do PT, Humberto Costa (PE). O petista disse ainda que o Congresso "nunca engoliu Dilma".

"Temos um golpe travestido de impedimento, cujo objetivo � tirar uma presidente democraticamente eleita e substituir o projeto que ela defende por uma pol�tica que j� foi derrotada nas urnas quatro vezes seguidas. Quatro vezes seguidas", disse Costa.

Tucanos como os senadores C�ssio Cunha Lima (PB) e A�cio Neves defenderam que o processo de impeachment de Dilma tem respaldo popular, pois o "povo foi �s ruas" contra a gest�o petista.

Cunha Lima argumentou que caso o impedimento n�o prosperasse no Congresso, Dilma seria cassada pela Justi�a Eleitoral. "E � preciso dizer - e dizer desde logo - que, se n�o fosse o impeachment, a presidente Dilma cairia por decis�o do Tribunal Superior Eleitoral. Ela seria cassada pela Justi�a Eleitoral, dado o volume de provas que l� j� se encontram, provando que a elei��o dela foi maculada", afirmou.

Diferente de segunda-feira, quando Dilma respondia perguntas dos congressistas, o plen�rio do Senado se manteve esvaziado durante os discursos de senadores. Muitos parlamentares permanecem em seus gabinetes ou no chamado 'caf�zinho' da Casa e s� entram no plen�rio pr�ximo da hora de seu pr�prio pronunciamento.

As galerias, que j� foram ocupadas por uma claque de ex-ministros, pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e pelo compositor Chico Buarque tamb�m ficaram esvaziadas. (Ricardo Brito, Beatriz Bulla, Julia Lindner e Isabela Bonfim).

Confira como est� o placar parcial do impeachment


Favor�veis


Gladson Cameli (PP-AC)

Ant�nio Anastasia (PSDB-MG)

Ata�des Oliveira (PSDB-MG)

Lucia Vania (PSB-GO)

Lasier Martins (PDT-RS)

Ronaldo Caiado (DEM-GO)

Alvaro Dias (PV-PR)

Antonio Valadares (PSB-SE)

Dario Berger (PMDB-SC)

Jos� Medeiros (PSD-MT)

Cassio Cunha Lima (PSDB-PB)

Eduardo Amorim (PSC-SE)

Aecio Neves (PSDB-MG)

Magno Malta (PR-ES)

Valdir Raupp (PMDB-RO)

Ivo Cassol (PP-RO)

Jos� An�bal (PSDB-SP)

Garibaldi Alves (PMDB-RN)

Paulo Bauer (PSDB-SC)

Eun�cio Oliveira (PMDB-CE)

Cidinho Santos (PR-MT)

Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

Ricardo Ferra�o (PSDB-ES)

Benedito de Lira (PP-AL)

Zez� Perrella (PTB-MG)

Wilder Morais (PP-GO)

S�rgio Petec�o (PSD-AC)

H�lio Jos� (PMDB-DF)

Rose de Freitas (PMDB-ES)

Ana Am�lia (PP-RS)

Simone Tebet (PMDB-MS)

Waldemir Moka (PMDB-MS)

Pedro Chaves (PSC-MS)

Reguffe (sem partido-DF)

Fernando Bezerra (PSB-PE)

Cristovam Buarque (PPS-DF)

Jos� Agripino (DEM-RN)

Dal�rio Beber (PSDB-SC)

Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Eduardo Lopes (PRB-RJ)

Davi Alcolumbre (DEM-AP)

Jos� Maranh�o (PMDB-PB)

43 - Rom�rio (PSB-RJ)

Contr�rios

Jorge Viana (PT-AC)

Roberto Requi�o (PMDB-PR)

Angela Portela (PT-RR)

F�tima Bezerra (PT-RN)

L�dice da Mata (PSB-BA)

Gleisi Hoffmann (PT-PR)

Vanessa Graziottin (PCdoB-AM)

Humberto Costa (PT-PE)

Regina Souza (PT-PI)

Jos� Pimentel (PT-CE)

Paulo Paim (PT-RJ)

Armando Monteiro (PTB-PE)

Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

Lindbergh Farias (PT-RJ)

Otto Alencar (PSD-BA)

Jo�o Capiberibe (PSB-AP)

Roberto Muniz (PP-BA)

Elmano F�rrer (PTB-PI)

N�o declararam

Fernando Collor (PTC-AL)

Acir Gurgacz (PDT-RO)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)