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Estado de Minas

Presidente do Democrata � preso na Opera��o Mar de Lama

For�a-tarefa das pol�cias Federal e Civil e Minist�rio P�blico descobriu que clube de futebol celebrou contrato falso de R$ 1,9 milh�o de cess�o de cr�dito ao munic�pio. Na verdade, dinheiro foi para a conta do cartola e de seu filho


postado em 01/09/2016 13:06 / atualizado em 01/09/2016 18:44


Operação descobriu que Edvaldo Soares era, na verdade, cliente do então procurador-geral do município, Schinyder, que foi preso na sétima fase da Mar de Lama por suspeita de fraude em licitação.(foto: Carlos Eller/Especial para o EM )
Opera��o descobriu que Edvaldo Soares era, na verdade, cliente do ent�o procurador-geral do munic�pio, Schinyder, que foi preso na s�tima fase da Mar de Lama por suspeita de fraude em licita��o. (foto: Carlos Eller/Especial para o EM )

O empres�rio Edvaldo Soares, presidente do Democrata, tradicional clube de futebol de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, foi preso, na manh� desta quinta-feira, na oitava fase da Opera��o Mar de Lama, que investiga uma rede de corrup��o na maior cidade do Rio Doce. O filho dele, Edvaldo Soares J�nior, que � vice-presidente do clube de futebol, tamb�m foi detido. Ambos tiveram bens bloqueados.

Desde a primeira fase, em abril, 27 pessoas foram presas, sendo seis vereadores, cinco secret�rios municipais e um ex-procurador do munic�pio. Os investigadores da Mar de Lama conceder�o entrevista coletiva � imprensa no final desta tarde.

Segundo o Minist�rio P�blico de Minas Gerais, os investigadores descobriram que a empresa Pavotec celebrou com o Democrata um contrato de cess�o de cr�dito que tinha com o munic�pio de Governador Valadares. "Pelo contrato, o munic�pio deveria repassar o valor de R$ 1.905.318,90 ao Democrata, cujo cr�dito seria da Pavotec. Ocorre que, durante as investiga��es, descobriu-se que n�o havia qualquer d�vida ou rela��o comercial entre o clube e a empresa, sendo o contrato realizado uma falsidade ideol�gica".

Autoriza��o judicial quebrou os sigilos banc�rios do presidente e do vice do clube de futebol. Nos documentos, percebeu-se que o repasse, que at� a data da quebra de sigilo banc�rio totalizava R$ 1,7 milh�o, ia, por meio de transa��es caracter�sticas de lavagem de dinheiro, diretamente para as contas dos dois dirigentes do Democrata.

Os investigadores descobriram ainda que o presidente do clube era, na verdade, cliente do ent�o procurador-geral do munic�pio, Schinyder, que foi preso na s�tima fase da Mar de Lama por suspeita de fraude em licita��o. Contra ele, tamb�m foi expedida novo pedido de pris�o, cumprido nesta manh�. Schinyder teria auxiliado o presidente do Democrata em assunto que envolve a prefeitura, numa mistura entre o interesse p�blico e o privado.


O advogado de Edvaldo Soares, Alan Toledo, negou ontem qualquer participa��o do cliente no esquema investigado pela Mar de Lama. O cartola que teve a pris�o decretada por cinco dias e cumpre a determina��o na cadeia p�blica de Governador Valadares. Ainda ontem ele prestou depoimento � Pol�cia Civil. “Se for necess�rio, prestar� novo depoimento amanh�. Ele n�o tem nenhum interesse em dificultar qualquer tipo de investiga��o”, disse Toledo. O advogado afirmou ainda que est� analisando o processo para verificar a possibilidade de apresentar um pedido de revoga��o da pris�o.

Dela��o premiada


O presidente do time de futebol aparece em duas dela��es premiadas homologadas pela Justi�a. Primeiro, ele foi suspeito de oferecer propina a vereadores para que elegessem um parlamentar presidente da C�mara. A inten��o de Edvaldo, segundo a dela��o, seria abrir caminho para se eleger presidente do PMDB municipal, o que aumentaria suas chances de pleitear a vaga de vice-prefeito na elei��o deste ano, tendo o PT como cabe�a de chapa.

A Mar de Lama foi deflagrada antes do in�cio oficial das campanhas, pondo fim ao plano de muitos pol�ticos da cidade. O empres�rio negou a acusa��o e n�o saiu candidato. A alian�a entre PT e PMDB, que ocorreu no pleito de 2012, tamb�m n�o vingou neste ano.

Na segunda dela��o, Vilmar Rios, preso na primeira fase da opera��o e apontado como um dos tesoureiros da quadrilha, informou aos investigadores que o presidente do Democrata estaria envolvido num esquema cujo objetivo era a venda do terreno onde foi erguido o est�dio do time de futebol.

Ele teria pago propina a vereadores para que os parlamentares aprovassem um projeto de lei que, na pr�tica, autorizava o Democrata vender o est�dio, constru�do numa das �reas mais valorizadas de Valadares.

A C�mara teria de autorizar a venda do terreno, pois o est�dio foi constru�do em terreno cedido ao clube pela prefeitura.


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