(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Fundos de pens�o investigados pela PF respondem por 62,6% do rombo do sistema


postado em 05/09/2016 10:49 / atualizado em 05/09/2016 10:53

Bras�lia - Os quatro fundos de pens�o patrocinados por empresas estatais sob alvo da Opera��o Greenfield da Pol�cia Federal respondem por 62,6% do rombo acumulado de todo o sistema em 2015. Juntos, Funcef (fundo de pens�o dos empregados da Caixa Econ�mica Federal), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios) registraram d�ficit de R$ 48,7 bilh�es, diante dos R$ 77,8 bilh�es de resultado negativo de todo o sistema de fundos de pens�o do Pa�s. Em 2015, a Petros registrou d�ficit de R$ 22,6 bilh�es; a Previ, R$ 16,1 bilh�es; a Funcef, R$ 8,8 bilh�es; e o Postalis, R$ 1,2 bilh�o.

Os dados s�o da Superintend�ncia Nacional de Previd�ncia Complementar (Previc), �rg�o regulador do setor. O d�ficit acumulado de 2015 mais que dobrou em rela��o a 2014, o crescimento foi de 151%. De acordo com o �rg�o, 241 planos ficaram no vermelho em 2015. Dez planos concentram 80% do d�ficit de todo o sistema, sendo nove patrocinados por empresas estatais, das quais oito s�o federais (incluindo as entidades patrocinadas por Caixa, BB, Correios e Petrobras).

Um plano de aposentadoria registra d�ficit quando os ativos n�o s�o suficientes para pagar os benef�cios previstos at� o �ltimo participante vivo do plano. A nova regula��o n�o exige o equacionamento de todo o d�ficit. A norma em vigor permite que planos com popula��o mais jovem tenham mais tempo para administrar os desequil�brios.

A Opera��o Greenfield, deflagrada nesta segunda-feira, 5, � baseada na an�lise desses d�ficits dos fundos de pens�o. A PF informou que em 8 de dez casos analisados foram realizados investimentos de forma temer�ria ou fraudulenta.

A Justi�a bloqueou bens e ativos de pessoas f�sicas e jur�dicas investigadas no valor de aproximadamente R$ 8 bilh�es. O nome da opera��o, Greenfield, remete a investimentos que envolvem projetos incipientes, ainda no papel, como se diz no jarg�o dos neg�cios.

A ind�stria dos fundos de pens�o � composta por mais de 300 entidades, que administram 1.122 planos de benef�cio. Juntas, elas det�m mais de R$ 700 bilh�es em investimentos. Do total dos planos, 393 fecharam 2015 no azul, com saldo positivo de R$ 13,8 bilh�es. Outros 488 terminaram o ano em "equil�brio t�cnico".

A Previc calcula em R$ 39 bilh�es o valor que deve ser equacionado pelos planos a partir de 2017, o que deve exigir contribui��es extras de patrocinadores, participantes e assistidos. Em rela��o ao d�ficit acumulado de 2014, as novas regras diminu�ram de R$ 23 bilh�es para R$ 16 bilh�es o valor que tem de ser coberto pelos fundos neste ano.


O resultado de 2015, segundo a Previc, reflete o "contexto econ�mico adverso", sobretudo para os investimentos em a��es e cr�dito privado, relacionados ao desempenho da economia e do mercado financeiro.

O principal �ndice de mercado de a��es de S�o Paulo, o Ibovespa, caiu mais de 10% em 2015. A Previc tamb�m destaca outros dois pontos: o impacto negativo da alta infla��o (o �ndice oficial fechou 2015 em 10,67%), que corrige as reservas matem�ticas e aumenta as metas nominais de rentabilidade das carteiras, e o aumento da longevidade da popula��o.

"Sob a �ptica de supervis�o prudencial, a apura��o dos resultados exige aten��o, mas n�o indica comprometimento da solv�ncia agregada do sistema, que segue sob r�gido acompanhamento da Previc", diz a superintend�ncia. No entanto, casos de fraude e m� gest�o motivaram a cria��o de uma CPI na C�mara dos Deputados, para apurar irregularidades dos fundos ligados �s estatais.

Exemplo de investimento sob suspeita que re�ne os maiores fundos de pens�o do Pa�s � a Sete Brasil, empresa criada para fornecer sondas para a Petrobras. Previ, Petros e Funcef s�o s�cios da companhia, que est� � beira de pedir recupera��o judicial. ()

Funcef


A Funcef confirmou na manh� desta segunda-feira, por meio de nota, a opera��o da Pol�cia Federal em sua sede, em Bras�lia, para o cumprimento de mandados judiciais. "A Funda��o reitera que possui rigorosos padr�es �ticos em todos os investimentos e na rela��o com seus participantes e assistidos e reafirma que est�, como sempre esteve, � disposi��o das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos que vierem a ser solicitados", afirma a entidade na nota.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)