
O PSDB, principal partido aliado a Temer, no entanto, cobrou o envio da proposta de reforma neste m�s como uma sinaliza��o do governo com o compromisso de ajuste fiscal.
"Se enviar a partir de quarta-feira, ela s� vai dar entrada na C�mara no dia 3 de outubro. Isso porque, para eu encaminhar qualquer proposta � Comiss�o de Constitui��o e Justi�a, � preciso duas sess�es no plen�rio da Casa. E isso n�o ocorrer� at� o dia 3 do pr�ximo m�s", afirmou Maia ao jornal O Estado de S. Paulo.
Em raz�o das elei��es municipais, a previs�o � de que ocorram sess�es na Casa apenas na pr�xima semana, entre os dias 12 e 14. Ap�s esse per�odo ser� realizado um "recesso branco", em que os congressistas normalmente se concentram nos respectivos redutos eleitorais.
"Neste m�s de setembro � in�cuo. Atos in�cuos em pol�tica devem, no meu ponto de vista, ser sempre evitados. N�o sou contra a mat�ria, mas acho que atos que n�o t�m efeitos imediatos n�o devem ser feitos. Certos ou errados, eles devem ser aguardados para um momento que eles v�o fazer um efeito", disse Maia.
Questionado se a decis�o do Planalto n�o seria um gesto para o mercado financeiro, que aguarda decis�es do governo concretas na �rea econ�mica, Maia ressaltou: "O mercado est� esperando a aprova��o da PEC do Teto. Se n�o tiver a aprova��o do teto, n�o tem PEC da Previd�ncia". A proposta que estabelece um limite de gastos p�blicos tramita atualmente na Comiss�o Especial da C�mara. A previs�o � de que at� o fim do ano a vota��o seja conclu�da no plen�rio da Casa.
L�deres
A avalia��o de Maia quanto ao "timing" do envio da proposta ainda divide integrantes da base aliada. "Eu entendi o gesto do presidente Temer como um recado de que ele est� imune a qualquer demagogia e que far� a reforma independentemente do momento. Achei correto", afirmou o l�der do PSD, Rog�rio Rosso (DF).
Rosso disse prever, contudo, que a PEC da Previd�ncia n�o ser� aprovada neste ano na Casa. "� um tema que vai exigir muito debate. Na minha avalia��o se consegue at� avan�ar na comiss�o, mas n�o se conseguir� votar no plen�rio at� o fim do primeiro semestre de 2017."
Apesar das press�es do comando do PSDB pelo envio da PEC antes das elei��es, a previs�o do l�der dos tucanos na Casa, Ant�nio Imbassahy (BA), tamb�m � de que a mat�ria n�o ser� votada at� dezembro. "N�o avan�a agora, n�o. Primeiro, porque tem o per�odo eleitoral em que teremos um qu�rum baixo. Depois, voc� tem a PEC do Teto, que deve ser discutida na frente. Mas nada impede que se instale o debate e o processo comece a andar. Votar neste ano, s� se Deus quiser", disse.