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Estado de Minas

Can�di�da�tos das menores cidades bus�cam, li�te�ral�men�te, conversar com to�dos os elei�to�res

Busca pelo voto em dois dos menores col�gios eleitorais do pa�s, ao contr�rio do que parece, exige muito dos candidatos, que consideram a miss�o mais dif�cil do que nos grandes centros


postado em 11/09/2016 06:00 / atualizado em 11/09/2016 07:45

Hilário e Luzi Antônio deixam a disputa de lado e conversam no banco da praça(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Hil�rio e Luzi Ant�nio deixam a disputa de lado e conversam no banco da pra�a (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Que tal dialogar com o candidato a prefeito da sua cidade frente a frente? E mais: saber onde ele mora e poder conhecer as propostas dele em um bom bate-papo, assim, na porta de casa? Pois essa � a realidade dos moradores de Serra da Saudade, na Regi�o Central de Minas, e de Cedro do Abaet�, no Centro-Oeste do estado. A primeira, com popula��o de 815 habitantes, � o munic�pio menos populoso do pa�s e tamb�m o menor col�gio eleitoral – s�o 959 eleitores. A segunda ocupa a sexta coloca��o entre as cidades brasileiras em popula��o, com 1.213 moradores e 1.287 eleitores. Esses n�meros podem fazer pensar que a corrida pelo voto nesses locais seja f�cil, n�? Que nada! Pelo menos � o que os candidatos contaram � reportagem do Estado de Minas, que foi conferir de perto a campanha eleitoral nesses munic�pios.


Em Cedro do Abaet�, Luiz Ant�nio de Sousa (DEM) e Hil�rio Darck dos Reis (PMDB) disputam voto a voto a confian�a dos eleitores para administrar a cidade. Dizer que os apoios s�o ca�ados um por um n�o � for�a de express�o, mas a mais pura realidade. “A campanha aqui � assim: a gente visita a casa de cada eleitor. Uns preparam um cafezinho, outros um bolinho ou um p�o de queijo. Todo mundo gosta dessa proximidade com o candidato, mas d� trabalho”, diz Luiz, de 48 anos, que atualmente � vice-prefeito e disputa sua primeira elei��o como cabe�a de chapa.

O candidato do DEM diz que a campanha em cidade pequena se diferencia da feita em locais maiores porque o contato nos grandes centros se d� por outras formas que n�o o acesso direto. “� mais dif�cil aqui, mas � mais gostoso”, reconhece.

Hil�rio, de 69, que j� administrou a cidade entre 2009 e 2012, concorda com o advers�rio e conta que tem que ser cuidadoso para n�o magoar eleitores. “Acho a campanha em cidade pequena mais dif�cil. A gente tem que ter di�logo em cada casa”, conta. Ele considera que o jeito mineiro de ser influencia na forma de trabalhar o voto. “Acho interessante essa coisa da ‘mineirice’. Mesmo quem � do partido a gente tem que visitar.” Ele lembra que chegou a ser interpelado por um apoiador por ter “pulado a casa dele” ao visitar a vizinhan�a. “U�, voc� n�o vai querer meu voto?”, questionou o correligion�rio.

Em Serra da Saudade, Derli (E) e Alaor (abaixo) visitam cada casa para agradar a todos os eleitores(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Em Serra da Saudade, Derli (E) e Alaor (abaixo) visitam cada casa para agradar a todos os eleitores (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Em Serra da Saudade, a hist�ria n�o � diferente. Tanto Alaor Machado (PP) quanto Derli Donizete da Costa (PTdoB) disseram que a proximidade ajuda na campanha, mas isso faz com que ambos tenham que visitar todas as casas do lugar.

“Na cidade grande voc� apresenta a candidatura e faz uma campanha mais geral. Aqui, se voc� n�o vai � casa de uma pessoa ela logo pergunta por que”, conta Alaor, de 62, fazendeiro, que tenta o quarto mandato.

O advers�rio, que j� foi at� vice do concorrente, Derli Donizete, concorda. “A campanha aqui funciona na base da amizade”, conta o lavrador, tamb�m de 62, que admite  ter tido pouco tempo para fazer corpo a corpo. “Trabalho o dia todo, de domingo a domingo. Nossa campanha � simples”, diz. Derli tamb�m n�o � novato na vida pol�tica. J� foi vereador por tr�s legislaturas seguidas. Perdeu por poucos votos a �ltima elei��o para prefeito.

Para tentar driblar a falta de tempo, ele espera intensificar os trabalhos a partir do dia 15. Como se trata de uma chapa familiar, ele conta com a ajuda do vice, Marciel Costa (PTdoB), filho dele – que estar� de f�rias na data –, para fazer as visitas. “Gosto de campanha falando na orelha das pessoas. Esse neg�cio de pregar papel ou carro de som n�o funciona comigo”, revela.

J� Cedro do Abaet� tem hist�rico de disputas muito acirradas em anos anteriores e isso faz com que muitos moradores, mesmo j� tendo decidido em quem votar, permane�am sem deixar expl�cita a inten��o de voto, confessada apenas nas urnas no dia da vota��o.

(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)


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