
O candidato do DEM diz que a campanha em cidade pequena se diferencia da feita em locais maiores porque o contato nos grandes centros se d� por outras formas que n�o o acesso direto. “� mais dif�cil aqui, mas � mais gostoso”, reconhece.
Hil�rio, de 69, que j� administrou a cidade entre 2009 e 2012, concorda com o advers�rio e conta que tem que ser cuidadoso para n�o magoar eleitores. “Acho a campanha em cidade pequena mais dif�cil. A gente tem que ter di�logo em cada casa”, conta. Ele considera que o jeito mineiro de ser influencia na forma de trabalhar o voto. “Acho interessante essa coisa da ‘mineirice’. Mesmo quem � do partido a gente tem que visitar.” Ele lembra que chegou a ser interpelado por um apoiador por ter “pulado a casa dele” ao visitar a vizinhan�a. “U�, voc� n�o vai querer meu voto?”, questionou o correligion�rio.

“Na cidade grande voc� apresenta a candidatura e faz uma campanha mais geral. Aqui, se voc� n�o vai � casa de uma pessoa ela logo pergunta por que”, conta Alaor, de 62, fazendeiro, que tenta o quarto mandato.
O advers�rio, que j� foi at� vice do concorrente, Derli Donizete, concorda. “A campanha aqui funciona na base da amizade”, conta o lavrador, tamb�m de 62, que admite ter tido pouco tempo para fazer corpo a corpo. “Trabalho o dia todo, de domingo a domingo. Nossa campanha � simples”, diz. Derli tamb�m n�o � novato na vida pol�tica. J� foi vereador por tr�s legislaturas seguidas. Perdeu por poucos votos a �ltima elei��o para prefeito.
Para tentar driblar a falta de tempo, ele espera intensificar os trabalhos a partir do dia 15. Como se trata de uma chapa familiar, ele conta com a ajuda do vice, Marciel Costa (PTdoB), filho dele – que estar� de f�rias na data –, para fazer as visitas. “Gosto de campanha falando na orelha das pessoas. Esse neg�cio de pregar papel ou carro de som n�o funciona comigo”, revela.
J� Cedro do Abaet� tem hist�rico de disputas muito acirradas em anos anteriores e isso faz com que muitos moradores, mesmo j� tendo decidido em quem votar, permane�am sem deixar expl�cita a inten��o de voto, confessada apenas nas urnas no dia da vota��o.
