O presidente Michel Temer afirmou que � contra o reajuste dos sal�rios dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Um projeto de lei de autoria do pr�prio tribunal que aumenta a remunera��o dos ministros de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil j� foi aprovado pela C�mara dos Deputados e, agora, tramita no Senado.
O presidente classificou a situa��o da economia brasileira como "extremamente preocupante", citando o d�ficit de R$ 170 bilh�es previsto para este ano e o total de 12 milh�es de desempregados.
Afirmou, por�m, que antes de recuperar a economia � preciso retomar a confian�a. "Quando aprovarmos o teto do gasto, encaminharmos a reforma da Previd�ncia e ela come�ar a processar no Congresso, o Pa�s vai crescer. Se cresce a confian�a, cresce a arrecada��o, cresce a estabilidade social", disse Temer.
De acordo com ele, essas medidas s�o pol�micas, mas, no fundo, s�o populares. Sobre a reforma da Previd�ncia, disse que essas ideias "amadureceram muito", mas ainda n�o est�o conclu�das. Ele afirmou, por�m, que a pr�pria Constitui��o j� determina uma idade m�nima de 65 anos para homens se aposentarem e 60 anos para as mulheres. "Bastaria se aplicar a Constitui��o que estaria resolvida a quest�o da Previd�ncia geral", comentou.
J� em rela��o � reforma na legisla��o trabalhista, o presidente ironizou quem entendeu que passaria a trabalhar 12h por dia no lugar das atuais 8h. "� falta de leitura, data venia", afirmou. Temer disse que, de acordo com seu ministro do Trabalho, as centrais sindicais est�o de acordo com a mudan�a. Segundo ele, as novas regras possibilitariam ao trabalhador ter outro emprego ou ent�o folgar tr�s dias por semana caso fa�a a jornada de 12h.
Sobre o programa de concess�es, disse que n�o sabe como ser� o pacote previsto para ser anunciado esta semana. "O que for poss�vel, concederemos. Sem preconceitos. O que precisa acabar no Brasil � o preconceito", ressaltou.
GOLPE Depois de ter minimizado os protestos contra o seu governo, Temer disse no domingo que v� os movimentos "com naturalidade" e que tem de respeit�-los. Afirmou, ainda, que a tese do golpe n�o pegou. "Eu quero debater o golpe, quero que tenham argumentos. Porque o que est� infernal no Brasil � essa irascibilidade", disse.
O presidente voltou a refor�ar que n�o considera ser candidato � Presid�ncia em 2018, mas que n�o assinaria um compromisso p�blico "porque todo mundo que assina n�o cumpre". Temer disse ainda que n�o espera constrangimento de uma eventual dela��o do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha e informou que n�o foi procurado pelo peemedebista nos �ltimos dias, embora falasse muito com ele.