Bras�lia, 12 - O relator do Conselho de �tica da C�mara, deputado Marcos Rog�rio (DEM-RO), avaliou que uma eventual ren�ncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), �s v�speras da an�lise de sua cassa��o, poderia adiar a vota��o por pelo menos alguns dias, por�m n�o teria efeito pr�tico. "Uma ren�ncia nesse momento n�o altera o processo, pois ele teria os seus direitos suspensos at� o final do processo. N�o tem efeito pr�tico algum", comentou o deputado nesta segunda-feira, 12.
A hip�tese, que tem sido ventilada por aliados de Cunha, foi vista como pouco prov�vel por Rog�rio. Ele acredita que Cunha n�o optaria pela ren�ncia. "Eu particularmente acho que, se ele tivesse que renunciar, teria feito isso antes. Isso foge � l�gica do comportamento dele, que enfrentou o processo at� agora", afirmou.
O parlamentar avalia que a ren�ncia e a cassa��o teriam os mesmos efeitos eleitorais e deixaram Cunha ineleg�vel, por�m teria desdobramentos em rela��o ao foro privilegiado. Cunha atualmente � r�u em dois processos no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de corrup��o, evas�o de divisas e lavagem de dinheiro.
A ren�ncia, de acordo com os deputados aliados, embaralharia a vota��o marcada para a noite desta segunda e a jogaria para depois das elei��es municipais - quando teriam mais chance de conseguir apoio contra a cassa��o.
Segundo a Constitui��o, enquanto a C�mara n�o fizer a sess�o que decidir� pelo fim do processo, o deputado que renunciou continua a gozar de foro privilegiado na Justi�a, embora n�o seja mais parlamentar. Cunha teme perder a "prote��o" do Supremo e cair nas m�os de S�rgio Moro, juiz de 1ª inst�ncia que comanda a Opera��o Lava Jato.