"Tem uma den�ncia contra o presidente do Senado Federal h� tr�s anos e seis meses e n�o acontece nada", disse Cunha, ao afirmar que a den�ncia contra ele foi aceita de maneira mais c�lere do que o normal pelo STF. Cunha � r�u em dois processos no Supremo e � alvo de investiga��o em outras sete frentes. J� Renan n�o � r�u, mas � investigado em 12 inqu�ritos na Suprema Corte.
Apesar de serem correligion�rios, eles fazem parte de alas diferentes dentro do PMDB. "Eu n�o quero de forma nenhuma falar sobre isso (cassa��o de Cunha), mas quem planta vento, colhe tempestade, isso � uma lei da natureza", comentou o presidente do Senado. "N�o sou especialista em Cunha, n�o gostaria nem de falar sobre isso. Afasta esse c�lice de mim", refor�ou.
Renan considera que a agenda do Congresso vai melhorar com o afastamento de Cunha e a gest�o do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Do ponto de vista da agenda as coisas v�o melhorar", avaliou. Ele est� otimista em rela��o �s mudan�as aprovadas nesta ter�a-feira, 13, pela Comiss�o e Constitui��o e Justi�a do Senado (CCJ), a respeito da cl�usula de desempenho e fim das coliga��es. "Com o Rodrigo Maia vamos ter condi��es de que essa reforma possa ser aprovada (tamb�m) na C�mara."
Para ele, a pol�tica � "a primeira das reformas" e deve ter prioridade na pauta de vota��o. Os senadores discutir�o a mat�ria no plen�rio da Casa ainda nesta quarta-feira, 14, e a expectativa de Renan � aprovar o texto em poucos dias. J� em rela��o a reforma da Previd�ncia, o presidente do Senado n�o tem pressa. O governo tem sido pressionado pelo PSDB para que a reforma seja apreciada antes das elei��es municipais, em outubro.
"N�o acredito que a discuss�o (da reforma da Previd�ncia) seja sobre a data, se ser� antes ou depois da elei��o, acho que o governo est� precisando definir um modelo de reforma consistente. � importante fazer a reforma, vamos nos dedicar, mas � err�tico defender a reforma como sa�da para todos os problemas econ�micos. Tem que ter regra de transi��o e respeitar os direitos adquiridos", alegou.
Na pauta desta ter�a, Renan quer colocar em vota��o o projeto da securitiza��o de ativos, que permite � Uni�o, Estados e munic�pios venderem ao mercado cr�ditos que t�m a receber dos contribuintes. Ele tamb�m quer colocar em an�lise um projeto de enfrentamento ao tr�fico de pessoas, al�m de iniciar a discuss�o do projeto da reforma pol�tica.