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Estado de Minas

Cartel lavou propinas da Petrobras em doa��es eleitorais, afirma MP


postado em 13/09/2016 16:07

Curitiba e S�o Paulo, 13 - O cartel de empreiteiras que se instalou na Petrobras entre 2004 e 2014 lavou dinheiro de propinas por meio de doa��es eleitorais para o PP e pol�ticos da sigla.

Segundo a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato, dez empresas do Grupo Queiroz Galv�o, que integrou o conluio das gigantes da constru��o nos contratos da estatal petrol�fera, repassaram R$ 70,7 milh�es para a campanha de 2010. A Construtora Queiroz Galv�o foi a que mais abriu os cofres, "doando" R$ 65,73 milh�es.

A partir da quebra de sigilo do e-mail do doleiro Alberto Yousseff - operador de propinas do esquema desmantelado pela Opera��o Lava Jato - a for�a-tarefa da Procuradoria da Rep�blica e da Pol�cia Federal descobriu troca de mensagens com o executivo Othon Zanoide de Moraes Filho "para tratar do pagamento de propina de modo dissimulado por doa��es eleitorais".

Em um trecho da den�ncia contra oito ex-dirigentes da Queiroz Galv�o e tamb�m da empreiteira Iesa, apresentada nesta ter�a-feira, 13, ao juiz federal S�rgio Moro, o Minist�rio P�blico Federal destaca o cap�tulo "lavagem de dinheiro - doa��es eleitorais oficiais".

A opera��o de lavagem de dinheiro por meio de doa��es eleitorais tinha in�cio na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, ent�o sob comando do engenheiro Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato. A diretoria era controlada pelo PP.

A Procuradoria sustenta que no segundo semestre de 2010, no Rio, Othon Zanoide e Ildefonso Colares Filho, tamb�m da Queiroz Galv�o, "de modo consciente e volunt�rio, em conluio e unidade de des�gnios, por interm�dio de doa��es eleitorais oficiais, ocultaram e dissimularam a natureza, origem, localiza��o, disposi��o, movimenta��o e propriedade il�cita de pelo menos R$ 4,04 milh�es provenientes de crimes praticados pela organiza��o criminosa que se instalou na Petrobras, em especial do crime de corrup��o passiva, fraude a licita��es praticados pelos agentes integrantes do cartel, pelos agentes p�blicos corruptos da companhia e pelos pol�ticos envolvidos no esquema".

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as empresas diretamente vinculadas ao Grupo Queiroz Galv�o efetuaram doa��es no montante de R$ 70,7 milh�es para campanhas eleitorais no ano de 2010.

Na den�ncia, a Procuradoria anexou c�pias de dois recibos de R$ 250 mil cada, "doados" pela Queiroz Galv�o ao deputado Nelson Meurer (PP/SC), naquele ano.

"Foram feitas duas doa��es oficiais para a campanha de Nelson Meurer � C�mara dos Deputados em 2010, por meio da Construtora Queiroz Galv�o", assinalam os procuradores. "Cada uma dessas contribui��es, no valor individual de R$ 250 mil, foi abatida do montante de propinas devido pela empreiteira � Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Os recursos foram transferidos para a conta de campanha eleitoral de Nelson Meurer nas datas de 26 de agosto de 2010 e 10 de setembro de 2010. Nos mesmos dias foram emitidos os recibos, assinados por Nelson Meurer."

"As quantias em refer�ncia consistiam em propina oriunda do esquema de corrup��o e lavagem de dinheiro relacionado � Diretoria de Abastecimento da Petrobras", sustentam os procuradores da for�a-tarefa da Lava Jato.

Segundo os procuradores, "a origem il�cita dos valores, inclusive, era de conhecimento dos destinat�rios, como confirmou Alberto Youssef". "O pagamento das vantagens indevidas sob a forma de doa��o eleitoral objetivou disfar�ar o car�ter il�cito do dinheiro. O sistema eleitoral foi usado apenas como instrumento de oculta��o e dissimula��o da natureza, da origem, da localiza��o, da disposi��o, da movimenta��o e da propriedade de valores provenientes direta ou indiretamente de infra��o penal, no caso a corrup��o passiva."


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