(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

'Queria solicitar R$ 1 milh�o', pediu Marco Maia, segundo empreiteiro


postado em 13/09/2016 19:37

S�o Paulo e Curitiba, 13 - Em seu novo depoimento ao juiz da Lava Jato nesta ter�a-feira, 13, o ex-presidente da OAS L�o Pinheiro disse que o deputado Marco Maia (PT-RS), relator da CPI Mista da Petrobras, em 2014, o procurou naquele ano para cobrar propina em troca de prote��o a sua empresa na comiss�o que deveria investigar as irregularidades na estatal petrol�fera.

Segundo o empreiteiro, preso pela segunda vez na semana passada e cujo acordo de dela��o fracassou ap�s vazamentos, o encontro com o ent�o relator da comiss�o ocorreu em uma resid�ncia em Bras�lia, no Lago Sul. "Ele teve uma conversa comigo, que podia ajudar porque o relat�rio � fruto de todo um trabalho investigativo feito durante o per�odo (da CPI) e o relat�rio final � que � votado. Ent�o, ele teria condi��es de ajudar no sentido de proteger nossa empresa", disse L�o Pinheiro.

Ainda de acordo com Pinheiro, Marco Maia teria lhe relatado uma "dificuldade bem grande" pelo fato de ser relator de uma investiga��o que implicaria grandes empresas e traria dificuldades para ele conseguir doa��o para sua campanha. O deputado teria ent�o, segundo o empreiteiro, solicitado ajuda financeira. "Queria lhe solicitar, em troca de lhe ajudar quando estiver fazendo o relat�rio final da CPI, uma contribui��o de R$ 1 milh�o", teria dito o deputado, segundo o empreiteiro.

"O deputado Marco Maia foi muito incisivo comigo, (de que) o produto final de uma CPI era o relat�rio", seguiu o executivo.

L�o Pinheiro confirmou ao juiz S�rgio Moro que sua empresa acabou fazendo o pagamento para um empres�rio indicado pelo parlamentar e que atuaria para campanhas pol�ticas. Nesta parte do depoimento, por�m, Moro pediu ao empreiteiro que focasse apenas na den�ncia da Procuradoria da Rep�blica contra Argello, que n�o tem mais foro privilegiado, e n�o desse mais detalhes sobre o epis�dio envolvendo Maia.

Atualmente, o deputado petista j� � alvo de um inqu�rito no Supremo Tribunal Federal suspeito de cobrar propina de empreiteiras para proteg�-las nas CPIs de 2014. A investiga��o contra ele foi aberta a partir da dela��o do ex-senador Delc�dio Amaral, que alegou que Marco Maia e Vital do R�go cobravam "ped�gio" das empreiteiras, o que agora � confirmado tamb�m por L�o Pinheiro.

O depoimento do ex-presidente da OAS foi tomado na a��o penal em que Argello, preso desde abril na Lava Jato, e outros oito, incluindo o pr�prio L�o Pinheiro, s�o acusados de arquitetar um esquema de pagamento de ao menos R$ 5,3 milh�es em propinas de empresas para evitar a convoca��o de empreiteiros investigados na Lava Jato para depor nas CPIs no Senado e no Congresso em 2014.

Naquele ano foram instaladas uma CPI Mista e uma CPI no Senado e nenhuma delas convocou empreiteiros das grandes construtoras para depor. No caso da CPI Mista, o texto final do relator Marco Maia foi aprovado em 18 de dezembro daquele ano e pedia o indiciamento de 52 pessoas. O parecer de Maia foi modificado de �ltima hora e aprovado por 19 parlamentares e com a obje��o de oito membros da oposi��o.

Novo interrogat�rio

O executivo da OAS ficou em sil�ncio durante seu primeiro interrogat�rio como r�u nesta a��o penal em agosto, antes de perder sua dela��o. Frente a frente com o juiz federal S�rgio Moro, o empreiteiro disse na �poca que "por orienta��o dos advogados" n�o responderia a nenhuma pergunta.

Condenado a 16 anos de reclus�o por corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa na Lava Jato, o executivo teve a negocia��o de sua dela��o premiada suspensa pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. A interrup��o foi provocada pela divulga��o de cita��o ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. O ministro teria sido citado por Le� Pinheiro, o que � negado pelo procurador-geral.

Defesa

A reportagem entrou em contato com as assessoria de Vital do R�go e de Marco Maia, mas ainda n�o obteve retorno.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)