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Estado de Minas

MP denuncia 1� mulher por crimes da ditadura


postado em 14/09/2016 07:13

S�o Paulo, 14 - O Minist�rio P�blico Federal (MPF) denunciou na segunda-feira, 12, a primeiro-tenente da Pol�cia Militar Beatriz Martins, a agente Neuza, e o sargento Ov�dio Carneiro de Almeida, o agente Everaldo, e o informante do Ex�rcito Jo�o Henrique Ferreira de Carvalho, o Jota, pelas mortes de tr�s militantes da A��o Libertadora Nacional (ALN).

Neuza � a primeira mulher e Jota o primeiro informante denunciados pelo MPF por causa de assassinatos ocorridos no regime militar. Neuza e Everaldo eram agentes do Destacamento de Opera��es de Informa��es (DOI) do 2.� Ex�rcito (com sede em S�o Paulo).

Eles s�o acusados das mortes de Arnaldo Cardoso Rocha, do comando da ALN, e dos militantes Francisco Emmanuel Penteado e Francisco Seiko Okama, que ocorreram na Rua Caquito, na Penha, na zona leste, em 15 de mar�o de 1973. Dias antes, Rocha havia escapado de uma emboscada montada pelos militares pouco depois de se encontrar com Jota. Foi o informante - ent�o militante da ALN - quem levou os integrantes da Se��o de Investiga��o do DOI at� os tr�s, que foram metralhados pelos militares.

Horas antes da a��o do DOI, Okama encontrou-se com Jota. Depois que se separou do informante, Okama foi seguido pelo DOI at� a Penha. Neuza viu quando Penteado e Rocha chegaram. Os militantes foram surpreendidos por tr�s agentes do DOI que se aproximaram em um fusca. Eram os agentes Everaldo, Alem�o e Melancia.

Sobre a a��o, Neuza disse em 2005: "Esse menino do Ex�rcito, que tem um vozeir�o (Melancia), falou no r�dio - e eu estou com o HT na rua - ele falou assim : 'Eu vou passar l� e metralhar eles.' Eu estava na mesma quadra que eles, s� que na outra cal�ada. Passaram e costuraram, que s� deu tempo de um (militante) sair correndo e descer a rua". O relato de Neuza � conflitante com os de Alem�o e Melancia. Ambos afirmam que os tr�s reagiram � pris�o.

Vingan�a

O MPF tomou o depoimento do ex-agente do DOI Marival Chaves, que disse que a ordem no caso era matar os militantes da ALN. O assassinato dos tr�s seria uma forma de o DOI vingar a mortes do delegado Oct�vio Gon�alves Moreira Junior, o Otavinho, e do comerciante Manoel Henrique de Oliveira. O primeiro era agente do DOI e o segundo, um comerciante da zona leste. Ambos foram mortos por guerrilheiros.

A ordem para matar os militantes teria partido do ent�o capit�o �nio Pimentel da Silva, o Doutor Ney, e do major Carlos Alberto Brilhante Ustra, o Doutor Tibiri��, ambos do comando do DOI - j� falecidos. Segundo a den�ncia do procurador Andrey Borges de Mendon�a, h� ind�cios de que dois dos militantes foram apanhados com vida pelos militares - Cardoso e Okama - e mortos sob tortura.

O jornal O Estado de S. Paulo n�o conseguiu localizar a defesa dos denunciados. Ustra sempre negou os crimes. A Justi�a Federal tem sistematicamente recusado den�ncias anteriores contra agentes do DOI sob o argumento de que os crimes foram alvo de anistia em 1979, confirmada pelo Supremo Tribunal Federal em 2010 As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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