
O agente funer�rio Jorge Moreira dos Santos, de 45 anos, conhecido como Jorginho do G�s, disse se arrepender do momento em que decidiu votar e fazer campanha para o peemedebista. "Ele dizia que ia fazer o bem e fez o mal. Cassa��o est� muito bom", aprovou.
Foi o prefeito de Itabora�, Helil Cardozo (PMDB), quem convenceu Jorginho de que Cunha seria um bom parlamentar para a cidade. "Acreditei de verdade que seria um bom deputado. Agora, vem essa decep��o. � desse jeito que nosso povo merece respeito?", protestava Jorginho, lembrando o bord�o do coment�rio di�rio de Cunha na R�dio Melodia: "Afinal de contas, o povo merece respeito".
Foi por causa das inser��es na Melodia que o funcion�rio p�blico federal Laci Corr�a, de 49 anos, passou a admirar Cunha. Corr�a guarda na carteira um santinho do peemedebista de 2014. "Sempre gostei dele. Cunha fez emendas parlamentares, trouxe muita obra para Itabora�, principalmente de saneamento. O erro dele foi pedir o impeachment de Dilma Rousseff. O governo antigo ficou contra ele. O impeachment foi aprovado, mas depois Cunha foi tra�do", disse o eleitor fiel.
Candidato � reelei��o, apesar da resist�ncia do comando do PMDB-RJ, o prefeito Cardozo, evang�lico como Cunha, foi indicado pelo ent�o deputado para disputar a prefeitura em 2012. Em 2014, o prefeito retribuiu e se empenhou na campanha por Cunha, parlamentar mais votado na cidade.
Impacto
Cardozo argumenta que a cidade sofreu forte impacto nas contas p�blicas por causa da crise da Petrobr�s, que paralisou as obras do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos maiores empreendimentos da estatal, no qual foram investidos at� agora R$ 45,5 bilh�es.
A suspens�o das obras provocou desemprego e queda abrupta na arrecada��o de impostos. "Vou fechar o or�amento deste ano em R$ 450 milh�es. J� tive R$ 980 milh�es", disse o prefeito.