A Pol�cia Federal indiciou nesta quinta-feira o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e o empres�rio Marcelo Odebrecht pela acusa��o de recebimento de propina. O indiciamento � resultado das investiga��es no �mbito da Opera��o Acr�nimo, que apura a libera��o de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) para a construtora, na �poca em que Pimentel estava � frente do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior.
Para a defesa, a decis�o da PF quer “antecipar culpa, a todo custo”. O advogado de Pimentel, Eug�nio Pacceli, afirmou que o STF j� se pronunciou pela “impossibilidade desse indiciamento”. “O indiciamento � ato de convencimento da autoridade policial, e n�o tem qualquer outra consequ�ncia”, afirma.
Na den�ncia, a PF acusa Pimentel de ter agido para que a Odebrecht recebesse cerca de R$ 3 milh�es do BNDES para projetos realizados no Porto de Mariel, em Cuba, e outras iniciativas na Rep�blica Dominicana.
A PF acusa Fernando Pimentel de corrup��o passiva e Lavagem de dinheiro. J� Marcelo Odebrecht teria praticado corrup��o ativa.
Por ter foro privilegiado, foi necess�rio que o ministro do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), Herman Benjamin, autorizasse o indiciamento.
O indiciamento tem como base o depoimento feito como dela��o premiada do empres�rio Benedito de Oliveira, o Ben�.
A defesa de Fernando Pimentel ainda tratou como “ris�vel a coincid�ncia” dos fatos com julgamento dos pedidos da defesa no STJ. “Estamos aguardando o julgamento de nossas quest�es de ordem que demonstrar�o as absolutas ilegalidades dessa opera��o e da colabora��o premiada. Nessa, trocou-se um pacote de crimes de toda esp�cie por um ano de (pris�o) domiciliar. Viola��o da primeira � �ltima letra da Lei”, afirmou Eug�nio Pacceli.
Nesta quinta-feira foi desencadeada mais uma etapa da Opera��o Acr�nimo, mas n�o tem liga��o com Fernando Pimentel.