S�o Paulo, 18 - O quarto bloco do debate promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, TV Gazeta e Twitter arrancou manifesta��es do p�blico e das m�dias sociais ao enveredar pelo tema da corrup��o e pela cita��o de alguns "padrinhos" dos principais candidatos, caso do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do presidente Michel Temer (PMDB).
Jo�o Doria (PSDB) defendeu a gest�o Alckmin e atacou Fernando Haddad (PT) dizendo que o PT introduziu a corrup��o no Pa�s. Doria elogiou a "honestidade e dec�ncia" do governo Geraldo Alckmin. A fala provocou rea��es na plateia, que vaiou o candidato e, aos gritos, fez refer�ncias ao esc�ndalo da m�fia da merenda.
"Sou candidato a prefeito de S�o Paulo e me preparei para isso", discursou Doria. "Eu respeito voc�, Haddad, mas voc� n�o pode falar o que falou do governo Alckmin nem de gest�o porque seu partido fez o que fez com o Brasil: deixou milh�es de pessoas desempregadas. N�o me venha dar aulas de gest�o porque voc� n�o est� sendo bem avaliado."
Luiza Erundina, do PSOL, disse que � preciso preservar o trabalho da Lava Jato e que n�o podem ser aceitos excessos, mas fez uma ressalva: "A defesa do ex-presidente Lula � uma quest�o que diz respeito ao Partido dos Trabalhadores."
Haddad disse concordar com Erundina na opini�o de que Fernando Henrique Cardoso foi um dos piores presidentes da hist�ria da Rep�blica, mas foi obrigado, mais uma vez, a defender o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Lembrou seus projetos � frente do Minist�rio da Educa��o e disse que Lula, durante esse tempo, nu nunca lhe pediu para receber empreiteiros.
Doria rebateu Haddad dizendo que a diferen�a entre Lula e FHC � que o tucano � "honesto".
Mudan�as nas leis trabalhistas esquentaram o clima entre Marta Suplicy (PMDB) e Celso Russomanno (PRB). Indagada sobre a inten��o do governo Michel Temer de permitir o aumento para 12 horas do limite da jornada di�ria de trabalho, Marta respondeu: "O presidente Michel Temer n�o encampou a jornada de 12 horas de trabalho. Quem fez a proposta foi o ministro do Trabalho, que � do partido do Russomanno."
O candidato do PRB rebateu: "Eu disse que sou contra o aumento da jornada de trabalho. Acho que precisamos de reformas, mas quem tem que falar com o presidente � a candidata Marta, que � do partido dele."
Major Olimpio (SD) disse que a gest�o de Erundina foi sofr�vel e que, quando prefeita, foi julgada por ter apoiado uma greve de �nibus e teve que fazer uma "vaquinha" para arrecadar dinheiro e pagar uma multa. Erundina lembrou que n�o cometeu crime e argumentou ter ordenado que os �nibus da extinta CMTC n�o deixassem as garagens para preservar os ve�culos. "O sucesso da nossa gest�o � reconhecido mais hoje do que quando deixei a Prefeitura", enfatizou.
Transporte p�blico tamb�m rendeu pol�mica quando se falou entre a concorr�ncia entre taxistas e os motoristas do Uber. "Nossa meta � acabar com a concorr�ncia desleal", disse Russomanno. "O motorista do Uber precisa ser regulamentado. N�o � justo que o Uber fique com 25% da corrida do motorista. N�s nem sabemos quantos motoristas da Uber tem em S�o Paulo."
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Padrinhos, Lula, Temer e Alckmin viram alvo de candidatos em debate
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