Nova York - Em seu discurso de abertura da Assembleia Geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), o presidente Michel Temer disse, na manh� desta ter�a-feira, 20, que o Brasil passa por um processo de "depura��o de seu sistema pol�tico". Falando a l�deres de v�rios pa�ses do mundo, ele afirmou que o impeachment de Dilma Rousseff respeitou a ordem constitucional e foi conduzido pelo Congresso e o Judici�rio.
"N�o h� democracia sem Estado de Direito, sem normas que se apliquem a todos, inclusive aos mais poderosos. � o que o Brasil mostra ao mundo. E o faz em meio a um processo de depura��o de seu sistema pol�tico", afirmou o presidente no discurso, que foi centrado em quest�es globais.
Temer disse que levava � ONU um compromisso "inegoci�vel" do Brasil com a democracia. "Temos um Judici�rio independente, um Minist�rio P�blico atuante, e �rg�os do Executivo e do Legislativo que cumprem seu dever", ressaltou. "N�o prevalecem vontades isoladas, mas a for�a das institui��es, sob o olhar atento de uma sociedade plural e de uma imprensa inteiramente livre."
O presidente disse que sua tarefa agora � retomar o crescimento e gerar empregos. "Temos clareza sobre o caminho a seguir: o caminho da responsabilidade fiscal e da responsabilidade social. A confian�a j� come�a a restabelecer-se, e um horizonte mais pr�spero j� come�a a desenhar-se", declarou.
Antes de se referir � situa��o do Brasil, Temer falou sobre algumas das principais quest�es globais discutidas na ONU. O presidente criticou o nacionalismo exacerbado, a xenofobia, a demagogia e o protecionismo, principalmente na �rea agr�cola. Tamb�m defendeu transforma��es no sistema internacional e a reforma no Conselho de Seguran�a da ONU.
"Os semeadores de conflitos reinventaram-se. As institui��es multilaterais, n�o", afirmou. O terrorismo, a guerra civil na S�ria e a crise de refugiados foram mencionados por Temer como exemplos da incapacidade da comunidade internacional de lidar com essa nova realidade global.
"De conflagra��es regionais ao fundamentalismo violento, confrontamos amea�as que, velhas e novas, n�o conseguimos conter. Frente � trag�dia dos refugiados ou ao recrudescimento do terrorismo, n�o nos deixa de assaltar um sentimento de perplexidade."
Para enfrentar esse cen�rio, o presidente defendeu a diplomacia e uma atua��o mais efetiva da ONU. "Queremos um mundo em que o direito prevale�a sobre a for�a. Queremos regras que reflitam a pluralidade do concerto das na��es. Queremos uma ONU de resultados, capaz de enfrentar os grandes desafios do nosso tempo", defendeu. "As Na��es Unidas n�o podem resumir-se a um posto de observa��o e condena��o dos flagelos mundiais. Devem afirmar-se como fonte de solu��es efetivas", opinou.
Temer elogiou o reatamento de rela��es diplom�ticas entre os Estados Unidos e Cuba e pediu o fim do embargo econ�mico americano contra o pa�s. A integra��o latino-americana � prioridade para o Brasil, afirmou. "Coexistem hoje em nossa regi�o governos de diferentes inclina��es pol�ticas. Isso � natural e salutar", observou, sem mencionar pa�ses espec�ficos.
"O essencial � que haja respeito m�tuo e que sejamos capazes de convergir em fun��o de objetivos b�sicos, como o crescimento econ�mico, os direitos humanos, os avan�os sociais, a seguran�a e a liberdade de nossos cidad�os."
O presidente elogiou, ainda, o acordo entre o governo da Col�mbia e as For�as Revolucion�rias da Col�mbia (Farc) e disse que seu governo est� disposto a contribuir para a paz no pa�s vizinho.
Temer disse que o Brasil tem "compromisso inequ�voco" com o meio ambiente e lembrou que depositar� nesta quarta-feira, 21, na ONU a ratifica��o do Acordo de Paris, que estabelece metas de redu��o dos gases que provocam efeito estufa. "A prosperidade e o bem-estar no presente n�o podem penhorar o futuro da humanidade", declarou. "O planeta � um s�. N�o h� plano B."
Protecionismo
Temer defendeu no seu discurso o fim do protecionismo comercial, em especial na �rea agr�cola. "� urgente impedir que medidas sanit�rias e fitossanit�rias continuem a ser utilizadas para fins protecionistas", declarou.
Temer tamb�m defendeu o fim de subs�dios e pol�ticas distorcivas do com�rcio. O presidente afirmou que � necess�rio retomar negocia��es em torno do fim de barreiras no com�rcio agr�cola no �mbito da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC), o que beneficiaria o Brasil. "Com sua agricultura moderna, diversificada e competitiva, o Brasil � um fator de seguran�a alimentar. Produzimos para n�s mesmos e ajudamos a alimentar o mundo", disse.
"O protecionismo � uma perversa barreira ao desenvolvimento. Subtrai postos de trabalho e faz de homens, mulheres e fam�lias de todo o mundo - Brasil inclusive - v�timas do desemprego e da desesperan�a."
"N�o h� democracia sem Estado de Direito, sem normas que se apliquem a todos, inclusive aos mais poderosos. � o que o Brasil mostra ao mundo. E o faz em meio a um processo de depura��o de seu sistema pol�tico", afirmou o presidente no discurso, que foi centrado em quest�es globais.
Temer disse que levava � ONU um compromisso "inegoci�vel" do Brasil com a democracia. "Temos um Judici�rio independente, um Minist�rio P�blico atuante, e �rg�os do Executivo e do Legislativo que cumprem seu dever", ressaltou. "N�o prevalecem vontades isoladas, mas a for�a das institui��es, sob o olhar atento de uma sociedade plural e de uma imprensa inteiramente livre."
O presidente disse que sua tarefa agora � retomar o crescimento e gerar empregos. "Temos clareza sobre o caminho a seguir: o caminho da responsabilidade fiscal e da responsabilidade social. A confian�a j� come�a a restabelecer-se, e um horizonte mais pr�spero j� come�a a desenhar-se", declarou.
Antes de se referir � situa��o do Brasil, Temer falou sobre algumas das principais quest�es globais discutidas na ONU. O presidente criticou o nacionalismo exacerbado, a xenofobia, a demagogia e o protecionismo, principalmente na �rea agr�cola. Tamb�m defendeu transforma��es no sistema internacional e a reforma no Conselho de Seguran�a da ONU.
"Os semeadores de conflitos reinventaram-se. As institui��es multilaterais, n�o", afirmou. O terrorismo, a guerra civil na S�ria e a crise de refugiados foram mencionados por Temer como exemplos da incapacidade da comunidade internacional de lidar com essa nova realidade global.
"De conflagra��es regionais ao fundamentalismo violento, confrontamos amea�as que, velhas e novas, n�o conseguimos conter. Frente � trag�dia dos refugiados ou ao recrudescimento do terrorismo, n�o nos deixa de assaltar um sentimento de perplexidade."
Para enfrentar esse cen�rio, o presidente defendeu a diplomacia e uma atua��o mais efetiva da ONU. "Queremos um mundo em que o direito prevale�a sobre a for�a. Queremos regras que reflitam a pluralidade do concerto das na��es. Queremos uma ONU de resultados, capaz de enfrentar os grandes desafios do nosso tempo", defendeu. "As Na��es Unidas n�o podem resumir-se a um posto de observa��o e condena��o dos flagelos mundiais. Devem afirmar-se como fonte de solu��es efetivas", opinou.
Temer elogiou o reatamento de rela��es diplom�ticas entre os Estados Unidos e Cuba e pediu o fim do embargo econ�mico americano contra o pa�s. A integra��o latino-americana � prioridade para o Brasil, afirmou. "Coexistem hoje em nossa regi�o governos de diferentes inclina��es pol�ticas. Isso � natural e salutar", observou, sem mencionar pa�ses espec�ficos.
"O essencial � que haja respeito m�tuo e que sejamos capazes de convergir em fun��o de objetivos b�sicos, como o crescimento econ�mico, os direitos humanos, os avan�os sociais, a seguran�a e a liberdade de nossos cidad�os."
O presidente elogiou, ainda, o acordo entre o governo da Col�mbia e as For�as Revolucion�rias da Col�mbia (Farc) e disse que seu governo est� disposto a contribuir para a paz no pa�s vizinho.
Temer disse que o Brasil tem "compromisso inequ�voco" com o meio ambiente e lembrou que depositar� nesta quarta-feira, 21, na ONU a ratifica��o do Acordo de Paris, que estabelece metas de redu��o dos gases que provocam efeito estufa. "A prosperidade e o bem-estar no presente n�o podem penhorar o futuro da humanidade", declarou. "O planeta � um s�. N�o h� plano B."
Protecionismo
Temer defendeu no seu discurso o fim do protecionismo comercial, em especial na �rea agr�cola. "� urgente impedir que medidas sanit�rias e fitossanit�rias continuem a ser utilizadas para fins protecionistas", declarou.
Temer tamb�m defendeu o fim de subs�dios e pol�ticas distorcivas do com�rcio. O presidente afirmou que � necess�rio retomar negocia��es em torno do fim de barreiras no com�rcio agr�cola no �mbito da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC), o que beneficiaria o Brasil. "Com sua agricultura moderna, diversificada e competitiva, o Brasil � um fator de seguran�a alimentar. Produzimos para n�s mesmos e ajudamos a alimentar o mundo", disse.
"O protecionismo � uma perversa barreira ao desenvolvimento. Subtrai postos de trabalho e faz de homens, mulheres e fam�lias de todo o mundo - Brasil inclusive - v�timas do desemprego e da desesperan�a."
