Bras�lia, 20 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a fazer cr�ticas ao que entende como "excessos" da opera��o Lava Jato, acusou a for�a-tarefa de "exibicionismo" e citou como exemplo a coletiva do procurador Deltan Dellagnol - que apontou o ex-presidente Lula como o "comandante m�ximo do esquema de corrup��o".
"A Lava Jato precisa acabar com esse exibicionismo, como vimos agora no epis�dio do ex-presidente Lula e em outros. Isso, ao inv�s de dar prest�gio, retira prest�gio do Minist�rio P�blico e obriga o Congresso Nacional a pensar numa legisla��o que proteja garantias individuais e coletivas", disse o presidente do Senado.
No Congresso tramitam diferentes propostas relacionadas a investiga��es, como revis�o da lei de dela��es e a nova lei de abuso de autoridade. Renan n�o chegou a citar nenhum projeto em espec�fico para dar encaminhamento, mas prosseguiu com as cr�ticas � Lava Jato e falou em "mobiliza��o pol�tica".
"� preciso de uma vez por todas investigar e fazer den�ncias que tenham come�o, meio e fim, que sejam consistentes e n�o fazer den�ncias por mobiliza��o pol�tica, porque com isso o Pa�s perde e as institui��es perdem tamb�m", afirmou.
Caixa 2
Renan Calheiros negou ter participado de qualquer articula��o para a vota��o do projeto que anistia o caixa 2, emenda � uma proposta de 2007 que foi colocada em vota��o nessa segunda-feira, 19, na C�mara dos Deputados.
"Eu n�o fui informado do teor do que conteria essa proposta, sinceramente. Eu n�o sei de nada, o que se pretende, qual � o texto, se � eficaz, em que momento vai votar. Isso n�o chegou ainda ao Senado Federal", afirmou Renan.
Mais cedo, deputados disseram que senadores participaram dos acordos para tentar votar o projeto na noite de ontem na C�mara. De acordo com fontes, Renan teria participado da articula��o e, por essa raz�o, n�o abriu a sess�o do Congresso Nacional, marcada para �s 19h. O peemedebista negou e disse que chegou, inclusive, a ir ao plen�rio da C�mara e apenas n�o abriu a sess�o do Congresso porque os deputados ainda estavam trabalhando.
Reforma pol�tica
O presidente do Senado reafirmou sua inten��o de votar a PEC 36/2016, que pode diminuir a quantidade de partidos com representa��o no Congresso, no intervalo entre o primeiro e o segundo turno das elei��es municipais, em outubro.
Nessa ter�a-feira, 20, o plen�rio completou a quarta das cinco sess�es de discuss�o da PEC, para que ela possa ser votada em primeiro turno. De acordo com Renan, o regimento permite que a �ltima sess�o de discuss�o seja realizada no mesmo dia da vota��o.