Chefe de campanha de Russomanno � alvo de den�ncia

S�o Paulo, 21 - O deputado federal Marcelo Squassoni (PRB-SP), coordenador de campanha do candidato a prefeito de S�o Paulo pelo PRB, Celso Russomanno, � acusado por um empres�rio do Guaruj�, no litoral paulista, base eleitoral do parlamentar, de ter usado notas fiscais frias de uma de suas empresas para justificar gastos da cota parlamentar.

Em entrevista ao jornal

O Estado de S. Paulo

e � r�dio

CBN

, Jos� Eduardo dos Santos, dono da TESS - Tecnologia e Sistemas de Seguran�a disse que emitiu nove notas fiscais de R$ 3,5 mil cada uma sem ter prestado nenhum servi�o.

Parte das notas da TESS est�o registradas na presta��o de contas de Squassoni no Portal da Transpar�ncia. "Em agosto de 2015 eu fui procurado para emitir notas fiscais de minha empresa para que ele pudesse arcar com compromissos de campanha. Ficou combinado que seria como seguran�a eletr�nica e manuten��o preventiva. N�s n�o prestamos o servi�o".

A den�ncia foi protocolada no Minist�rio P�blico Federal no �ltimo dia 9. O empres�rio afirma que recebeu "amea�as" e "oferta de dinheiro" de um interlocutor do deputado para desistir da den�ncia. "Ele mandou uma pessoa chamada Emerson, que faz trabalhos gr�ficos no Guaruj�, me procurar. Esse interlocutor disse que o Marcelo tinha at� R$ 200 mil para mim e que eu ainda poderia ganhar um ou dois cargos no governo."

O empres�rio disse que recusou a proposta. "Ele ent�o disse que, se eu n�o parasse, minha vida ia ficar complicada no Guaruj� e eu n�o poderia nem fazer faxina na cidade."

Dois dias depois - no �ltimo dia 11 - e ap�s relatar o caso � imprensa, o escrit�rio de Santos foi atingido por dois tiros disparados por um motoqueiro. Ele fez um boletim de ocorr�ncia sobre o ocorrido. "N�o posso atribuir a ele, mas sem sombra de d�vida � muita coincid�ncia." Santos disse estar escondido em um flat em S�o Paulo, segundo ele, por precau��o.

Defesa

A campanha de Russomanno n�o quis se pronunciar. Ao jornal

O Estado de S. Paulo

, o deputado Marcelo Squassoni afirmou que foi v�tima de uma "arma��o pol�tica".

"Esse cidad�o est� fazendo um jogo por causa de dinheiro. Ele quis me extorquir. Denunciei isso na Pol�cia Federal", afirmou o parlamentar. O deputado disse que o servi�o foi executado e prometeu enviar provas � reportagem, mas n�o o fez.

Em nota, a assessoria de Squassoni afirmou que a empresa est� "regularmente inscrita" no Cadastro Nacional de Pessoas Jur�dicas (CNPJ) e prestou servi�os entre os meses de agosto de 2015 e fevereiro de 2016.

"As notas fiscais foram devidamente apresentadas, pagas e reembolsadas pela C�mara dos Deputados ap�s minuciosa an�lise de documenta��o, como � de praxe."

Ainda segundo a assessoria, o pr�prio Squassoni teria acionado por telefone a pessoa que havia sido contratada por seu gabinete, Os�as Pedro Alves, questionando-o a respeito do mal entendido.

Este, por sua vez, teria comparecido � Delegacia-Sede de Guaruj� e confirmado ao delegado de plant�o a realiza��o do servi�o e a utiliza��o de nota fiscal de empresa parceira (Tess) para a devida cobran�a.

"Considerando o atual momento eleitoral, e, ainda, o hist�rico do meio pol�tico guarujaense, fica muito claro que tudo n�o passa de uma acintosa arma��o de cunho pol�tico. A partir disso, o deputado reuniu c�pias de documentos que comprovam a chantagem da qual est� sendo v�tima e protocolou den�ncia hoje

(na ter�a-feira, 20)

, na PF", concluiu a assessoria.