Petista diz que den�ncia contra Lula n�o surpreende e defende sa�da de Moro

Bras�lia, 21 - Em defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o vice-l�der da bancada do PT na C�mara, Paulo Pimenta (RS), fez duras cr�ticas ao juiz federal S�rgio Moro. Pimenta disse que o partido n�o est� surpreso com o acolhimento da den�ncia contra Lula, mas disse que Moro n�o tem condi��es de continuar presidindo a a��o por falta de isen��o.

"Temos denunciado que o juiz S�rgio Moro n�o re�ne mais as condi��es adequadas e necess�rias para continuar como juiz desse processo", declarou. Para Pimenta, Moro confunde seu papel com o de um promotor ou delegado de Pol�cia, o que tira dele a isen��o exigida para um magistrado. "Ele j� tem uma posi��o preconcebida e que age de maneira seletiva procurando criminalizar o presidente Lula, mesmo sem a exist�ncia de provas", emendou.

Pimenta considera que a��o refor�a que Lula � "um perseguido pol�tico da Lava Jato", cujo objetivo � impedi-lo de ser candidato � presid�ncia da Rep�blica em 2018.

"A velocidade que o Moro aceitou a den�ncia demonstra que o objetivo dele � proporcionar uma condena��o em curto prazo para que seja feito um recurso para o tribunal e, mantida essa decis�o, pela lei do Ficha Suja, o presidente ficar� ineleg�vel. Este � o �ltimo cap�tulo do golpe", concluiu.

O deputado disse que o partido vai incorporar a pauta de defesa de Lula nas mobiliza��es que ser�o organizadas. O objetivo ser� mostrar que a inten��o � impedir o ex-presidente de se candidatar em 2018. "Nosso sentimento � de indigna��o. N�o vamos ficar resignados diante disso", refor�ou.

Pimenta afirmou tamb�m que a inclus�o da ex-primeira-dama Marisa Let�cia no processo foi para "atingir" Lula. "Entendemos isso como provoca��o", disse.

Ele reclamou que as den�ncias do ex-advogado-geral da Uni�o, F�bio Medina Os�rio, sobre a suposta tentativa do governo Temer de barrar a Lava Jato n�o foram consideradas pelo Minist�rio P�blico. "N�s sabemos que esse golpe tem v�rios interesses objetivos e um deles � impedir que a investiga��o possa chegar a um conjunto de indiv�duos que temem os desdobramentos dessas investiga��es".