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Estado de Minas

PF deflagra mais uma etapa da Opera��o Acr�nimo

Esta � a 9� fase desta opera��o que investiga, de acordo com a Pol�cia Federal, esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina para campanhas eleitorais do PT


postado em 23/09/2016 07:24 / atualizado em 23/09/2016 15:17

Carro da Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira, no Bairro Cruzeiro, Zona Sul de BH, em frente ao prédio onde mora o secretário da Casa Civil, Marco Antônio de Rezende Teixeira(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Carro da Pol�cia Federal, na manh� desta sexta-feira, no Bairro Cruzeiro, Zona Sul de BH, em frente ao pr�dio onde mora o secret�rio da Casa Civil, Marco Ant�nio de Rezende Teixeira (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

A Pol�cia Federal deflagrou nesta sexta-feira mais uma fase da Opera��o Acr�nimo, que investiga esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais do PT e recebimento de vantagens indevidas por parte de agentes p�blicos.

Nesta 9ª etapa das investiga��es, um dos alvos � o secret�rio de Estado da Casa Civil e de Rela��es Institucionais de Minas, Marco Ant�nio de Rezende Teixeira, juntamente com o presidente da Companhia de Tecnologia da Informa��o do Estado de Minas Gerais (Prodemge), Paulo Moura Ramos.

A Justi�a expediu contra os dois mandados de condu��o coercitiva – quando a pessoa � levada para prestar depoimento e depois liberada –, mas ambos n�o estavam em casa. Marco Ant�nio est� nos Estados Unidos desde o �ltimo dia 15 e Paulo Moura havia viajado nesta sexta-feira pela manh� com a fam�lia para o Rio de Janeiro.

Calif�rnia

De acordo com o advogado do secret�rio, Jos� Sad J�nior, Marco Ant�nio est� em f�rias na Calif�rnia, nos Estados Unidos, desde o �ltimo dia 15 e, informado da situa��o, antecipar� a volta ao Brasil para prestar esclarecimentos � Pol�cia Federal.

"S� posso atribuir a uma coincid�ncia infeliz a deflagra��o dessa fase da opera��o. A viagem estava marcada h� muito tempo e agora, certamente, ele ela vai antecipar o seu retorno", disse o advogado.

O advogado tamb�m afirmou que desconhece os fatos que levaram � condu��o coercitiva do secret�rio. Na manh� desta sexta-feira, Sad J�nior foi � sede da PF, em Belo Horizonte, para conhecer o processo deflagrado hoje e, ainda, protocolar um pedido para remarcar os depoimentos de seus clientes. Ele contou que apresentou � Pol�cia Federal os cart�es de embarque de seus clientes.

Sad J�nior dissse que os clientes nunca se recusaram a contribuir. Segundo ele, o secret�rio j� foi chamado pela Opera��o Acr�nimo para depor sobre a campanha eleitoral de 2014 h� quatro meses. No entanto, Marco Ant�nio ficou calado. "Na �poca, a defesa n�o teve acesso ao que estava no inqu�rito. Por isso, ele (secret�rio), se valeu do direito de ficar calado", disse o advogado.

F�rias com a fam�lia

A Justi�a tamb�m expediu mandado de condu��o coercitiva para Paulo Moura Ramos,  presidente da Prodemge e s�cio de Marco Ant�nio. O advogado Jos� Sad J�nior, que tamb�m defende Moura, disse que seu cliente tenta retornar ainda nesta sexta-feira a Belo Horizonte para prestar esclarecimentos � Pol�cia Federal.

A Pol�cia Federal cumpre  tamb�m nesta sexta-feira mandado de busca e apreens�o na sede da Construtora OAS, em Bras�lia. A PF n�o informou o total de mandados que ser�o cumpridos nesta nova fase da Opera��o Acr�nimo.

Chaveiro

A PF cumpriu mandado de busca e apreens�o no apartamento de Marco Ant�nio Rezende, no Bairro Cruzeiro, Zona Sul de Belo Horizonte. Os policiais ficaram no local por toda a manh�.


Como o secret�rio estava viajando, o s�ndico ligou para a empregada da casa para que ela abrisse o apartamento. Tamb�m foi preciso chamar um chaveiro para abrir um quarto, que seria o de Rezende, e algumas gavetas. 


No final da manh� de hoje, policiais federais deixaram o pr�dio onde mora o secret�rio carregando dois malotes. Os policiais chegaram ao pr�dio por volta das 6 horas e s� entraram no apartamento de Marco Ant�nio depois que o s�ndico do edif�cio, Rodrigo Fi�za, ligou para a empregada do secret�rio pedindo que ela fosse ao local para abrir o im�vel.

O s�ndico disse que acompanhou como testemunha a busca da PF no apartamento do secret�rio, que come�ou por volta das 7 horas. Ele disse que n�o poderia falar sobre as buscas, j� que foi arrolado como testemunha para acompanhar a opera��o.

Entenda o caso

A  Opera��o Acr�nimo est� focada em dois inqu�ritos policiais que apuram dois eventos distintos da investiga��o. Um deles diz respeito � coopta��o e pagamento de vantagens indevidas para fraudar licita��es no Minist�rio da Sa�de, beneficiando gr�fica da propriedade de um dos investigados, o empres�rio Benedito Oliveira Neto, o Ben�.

O outro evento apurado na Opera��o Acr�nimo � a interposi��o de empresa na negocia��o e pagamento de vantagens indevidas a agente p�blico para obten��o de financiamentos de projetos no exterior pelo BNDES (Rep�blica Dominicana, Angola, Cuba, Panam�, Gana e M�xico) no interesse de uma grande empreiteira do Brasil.

Na �poca dos supostos fatos, ainda em investiga��o, Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio no governo Dilma Rousseff, com inger�ncia no banco. Pimentel n�o � alvo da a��o desta sexta-feira.

As a��es da Opera��o Acr�nimo s�o um desdobramento da investiga��o que tramita no Superior Tribunal de Justi�a (STJ). O magistrado relator do caso, ministro Herman Benjamin, determinou o encaminhamento de parte da apura��o � Justi�a Federal de primeira inst�ncia, por n�o envolver investigados com prerrogativa de foro naquela Corte, a exemplo do governador de Minas Gerais.


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