S�o Paulo, 26 - A for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato esvaziou a import�ncia de revela��es que podem ser feitas pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht. Integrantes da Omert�, 35� fase da Lava Jato que prendeu o ex-ministro Antonio Palocci, disseram nesta segunda-feira, 26, que a "palavra" de Marcelo Odebrecht n�o � "imprescind�vel".
H� meses, o empreiteiro tenta fechar um acordo de dela��o premiada. Ele foi capturado na Opera��o Erga Omnes, em 19 de junho de 2015, e condenado a 19 anos de pris�o por corrup��o, lavagem de dinheiro e associa��o criminosa.
Oficialmente, a Pol�cia Federal informou que "a postura atual do comando da empresa se mostra relutante em assumir e descrever os crimes praticados". Segundo a procuradora da Rep�blica Laura Gon�alves Tessler, "n�o h� acordo com a empresa (Odebrecht)". "As investiga��es prosseguem. N�o h� acordo firmado, n�o h� nada", enfatizou.
O delegado Filipe Hille Pace, da Pol�cia Federal, afirmou em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira que a Omert� foi deflagrada sem a necessidade de informa��es eventualmente transmitidas por Odebrecht.
O delegado desprezou a participa��o do empreiteiro. Segundo ele, Odebrecht n�o tem colaborado com as investiga��es da Lava Jato porque se cala frequentemente. "N�o pedimos medidas contra a empresa porque j� temos material que embasou nossas d�vidas, provas concretas", afirmou. "Todas as vezes que quer�amos ouvir Marcelo Odebrecht ele ficou em sil�ncio", disse.
"N�o � imprescind�vel a palavra do sr. Marcelo Odebrecht em vista da robustez das provas. Ele est� preso, j� sofreu tr�s decretos de pris�o preventiva. Ent�o, n�o h� necessidade de novas pris�es contra Marcelo Odebrecht", finalizou Pace.
Defesas
O criminalista Jos� Roberto Batochio, defensor de Palocci, afirma que o ex ministro nunca recebeu vantagens il�citas. O criminalista foi enf�tico ao protestar contra o que chamou de "desnecessidade" da pris�o do ex-ministro. A Odebrecht, por sua vez, disse que n�o vai se manifestar sobre o tema.