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Estado de Minas

Delegado da PF: "� razo�vel que Palocci tenha papel maior que Dirceu a partir de 2008"

Declara��es foram dadas durante coletiva de imprensa sobre a 35� fase da Opera��o Lava-Jato, nomeada Omert�


postado em 26/09/2016 13:55 / atualizado em 26/09/2016 14:08

S�o Paulo - O delegado da Pol�cia Federal, Filipe Hille Pace, da for�a tarefa da Lava-Jato, disse que, a partir de 2008, quando constam os primeiros pagamentos da planilha nomeada "italiano", que se refere ao ex-ministro Antonio Palocci, segundo a PF, "� razo�vel concluir que Palocci tenha papel maior que Dirceu" no esquema de propinas. As declara��es foram dadas durante coletiva de imprensa sobre a 35ª fase da opera��o Lava Jato, nomeada Omert�.

A procuradora da Rep�blica, Laura Tesler, complementou que a investiga��o � bastante din�mica e que n�o d� para dizer que j� se chegou ao topo do esquema de propinas na Petrobras. "A cada dia temos mais informa��es, certamente outros personagens v�o aparecer, � muito cedo para dizer que chegamos aos maiores chefes do esquema", afirmou.

Sobre os desdobramentos da opera��o, o delegado comentou que Palocci j� � investigado em processos espec�ficos e que, no momento, o foco � a rela��o do ex-ministro com a Odebrecht. "A dimens�o dos fatos criminosos entre Palocci e Odebrecht � o nosso foco no momento", disse o delegado. O delegado ainda lembrou que as interfer�ncias n�o se resumem � Petrobras. "Desvendou-se hoje uma atua��o bem forte e duradoura do Palocci em interfer�ncias na Petrobras e em outras esferas da administra��o p�blica federal."

Pace ainda afirmou que a empresa do ex-assessor de Palocci, Juscelino Dourado, pode ter sido usada para pagamentos il�citos. "A empresa existia apenas no papel." Segundo o delegado, o endere�o da empresa era o mesmo da resid�ncia de Dourado e, analisando as transa��es banc�rias, observou-se recebimento de valores do pecuarista Jos� Carlos Bumlai e do ex-presidente da Odebrecht, antes de Marcelo Odebrecht, Pedro Novis.

R$ 60 milh�es

O delegado da Pol�cia Federal disse que n�o se sabe qual foi o destino de uma quantia de mais de R$ 60 milh�es em propinas. Pace explicou que um dos motivos que sustentam a pris�o tempor�ria do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antonio Palocci, principal alvo da opera��o desta segunda, � rastrear esse dinheiro. O valor teria sido pago em esp�cie para Palocci e outros agentes, n�o identificados pelo delegados.

Ele explicou que as transfer�ncias banc�rias investigadas no �mbito da opera��o desta segunda foram realizadas apenas na conta da empresa Shell Bill, que pertence ao casal de marqueteiros Jo�o e M�nica Santana.

Pace ainda destacou que a pris�o tempor�ria se justifica pelos crimes que Palocci cometeu a favor de si mesmo e de seu grupo pol�tico, o PT. "Mesmo fora de qualquer cargo, Palocci continuava a intermediar valores do governo federal." Ele ainda salientou que o crime de corrup��o n�o pede comprova��o de recebimento de propinas. "O fato de pedir vantagens il�citas j� configura crime", explicou.

J� o delegado Igor Rom�rio de Paula negou que as investiga��es tenham qualquer rela��o com o per�odo eleitoral. "A investiga��o � pautada nos fatos, n�o tem nada a ver com a elei��o. A investiga��o tem seu pr�prio tempo", afirmou.


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