S�o Paulo - Um conjunto de mensagens de e-mail reunidas pela Pol�cia Federal no pedido de pris�o do ex-ministro Antonio Palocci, alvo central da 35ª fase da Opera��o Lava-Jato, deflagrada nesta segunda-feira, 26, indica o "relacionamento" de Marcelo Bahia Odebrecht com "Italiano" - codinome usado para identificar o petista na empreiteira - desde 2004, quando Palocci era titular do Minist�rio da Fazenda, no governo Luiz In�cio Lula da Silva.
"'Italiano' possui relacionamento com Marcelo Bahia Odebrecht pelo menos desde 2004", informa Relat�rio da Pol�cia Federal 124/2016, anexado aos ao pedido de pris�o de Palocci. Batizada de Opera��o Omert�, a 35ª fase aponta o ex-ministro como respons�vel pelo recebimento de pelo menos R$ 128 milh�es em propinas para o esquema do PT na Petrobras e em outras �reas.
"Tal indiv�duo ('Italiano, ou Palocci') possu�a elevado grau de penetra��o pol�tica, o que significa, como tamb�m ser� demonstrado, que detinha cargos de relevo no Executivo e Legislativo e capacidade e efetividade para altera��o de quadros pol�ticos em rela��o a contrata��o na esfera federal", registra o documento.
Palocci foi preso temporariamente nesta segunda-feira, por ordem do juiz federal S�rgio Moro. Uma mensagem reunida pela PF, encaminhada pelo usu�rio da conta "[email protected]", em 3 de maio de 2004, a Jo�o Pac�fico Ferreira, diretor da Odebrecht, "h� men��o de atua��o junto a governadores de Estados". O assunto � relacionado � "recupera��o da ferrovia que liga Bauru (SP) � Corumb� (MS), ao que parece, a partir de arranjo pr�vio de tal indiv�duo com Marcelo Bahia Odebrecht."
Em outro e-mail do dia 10 de maio de 2004, Odebrecht "encaminha para sua secret�ria notas direcionadas a Em�lio Alves Odebrecht (EAO) e Pedro Novis (PN) para temas que deveriam ser tratados por eles com "Italiano", envolvendo obras, libera��o de recursos do OGU (Or�amento Geral da Uni�o) e programas de saneamento relacionados provavelmente relativos a libera��o de recursos via Caixa Econ�mica Federal".
"Al�m disso, Pedro Novis deveria tratar com 'Italiano' sobre o tema de exporta��o de servi�os. Cita ainda nota entregue ao guerrilheiro, quando de visita recente do comando do PT a China".
H� ainda mensagens que indicam a origem da identifica��o de que "Italiano" era Palocci e das discuss�o para atua��o do ex-ministro em favor da Odebrecht em neg�cios na �frica. A Omert� sustenta que o petista teria atuado em favor do grupo na libera��o de financiamentos do BNDES para Angola, onde eles executariam obras.
Palocci ainda � acusado de defender interesses em contratos de constru��o de navios-sondas para explora��o de petr�leo em alto mar, para edi��o de uma medida provis�rio em benef�cio do grupo econ�mico e no bilion�rio projeto de constru��o de submarinos para as For�as Armadas.
Os neg�cios da Petrobras em Angola s�o alvos da Lava-Jato por terem supostamente beneficiado PT e PMDB. Nos e-mails reunidos pela Omert�, h� indicativos de que desde 2005 Palocci teria mantido contatos com executivos da Odebrecht para beneficiar o grupo em obras na �frica.
"Tal mensagem � de import�ncia por demonstrar: o in�cio das rela��es entre o Governo Brasileiro e o Governo de Angola, no que atine a exporta��o de servi�os; o come�o do processo de identifica��o de 'italiano'; e o nascimento das rela��es de Marcelo Bahia Odebrecht com tal indiv�duo, as quais, pelo que se viu, ainda n�o eram consolidadas", aponta a investiga��o.
"'Italiano' possui relacionamento com Marcelo Bahia Odebrecht pelo menos desde 2004", informa Relat�rio da Pol�cia Federal 124/2016, anexado aos ao pedido de pris�o de Palocci. Batizada de Opera��o Omert�, a 35ª fase aponta o ex-ministro como respons�vel pelo recebimento de pelo menos R$ 128 milh�es em propinas para o esquema do PT na Petrobras e em outras �reas.
"Tal indiv�duo ('Italiano, ou Palocci') possu�a elevado grau de penetra��o pol�tica, o que significa, como tamb�m ser� demonstrado, que detinha cargos de relevo no Executivo e Legislativo e capacidade e efetividade para altera��o de quadros pol�ticos em rela��o a contrata��o na esfera federal", registra o documento.
Palocci foi preso temporariamente nesta segunda-feira, por ordem do juiz federal S�rgio Moro. Uma mensagem reunida pela PF, encaminhada pelo usu�rio da conta "[email protected]", em 3 de maio de 2004, a Jo�o Pac�fico Ferreira, diretor da Odebrecht, "h� men��o de atua��o junto a governadores de Estados". O assunto � relacionado � "recupera��o da ferrovia que liga Bauru (SP) � Corumb� (MS), ao que parece, a partir de arranjo pr�vio de tal indiv�duo com Marcelo Bahia Odebrecht."
Saneamento
Em outro e-mail do dia 10 de maio de 2004, Odebrecht "encaminha para sua secret�ria notas direcionadas a Em�lio Alves Odebrecht (EAO) e Pedro Novis (PN) para temas que deveriam ser tratados por eles com "Italiano", envolvendo obras, libera��o de recursos do OGU (Or�amento Geral da Uni�o) e programas de saneamento relacionados provavelmente relativos a libera��o de recursos via Caixa Econ�mica Federal".
"Al�m disso, Pedro Novis deveria tratar com 'Italiano' sobre o tema de exporta��o de servi�os. Cita ainda nota entregue ao guerrilheiro, quando de visita recente do comando do PT a China".
H� ainda mensagens que indicam a origem da identifica��o de que "Italiano" era Palocci e das discuss�o para atua��o do ex-ministro em favor da Odebrecht em neg�cios na �frica. A Omert� sustenta que o petista teria atuado em favor do grupo na libera��o de financiamentos do BNDES para Angola, onde eles executariam obras.
Palocci ainda � acusado de defender interesses em contratos de constru��o de navios-sondas para explora��o de petr�leo em alto mar, para edi��o de uma medida provis�rio em benef�cio do grupo econ�mico e no bilion�rio projeto de constru��o de submarinos para as For�as Armadas.
PMDB
Os neg�cios da Petrobras em Angola s�o alvos da Lava-Jato por terem supostamente beneficiado PT e PMDB. Nos e-mails reunidos pela Omert�, h� indicativos de que desde 2005 Palocci teria mantido contatos com executivos da Odebrecht para beneficiar o grupo em obras na �frica.
"Tal mensagem � de import�ncia por demonstrar: o in�cio das rela��es entre o Governo Brasileiro e o Governo de Angola, no que atine a exporta��o de servi�os; o come�o do processo de identifica��o de 'italiano'; e o nascimento das rela��es de Marcelo Bahia Odebrecht com tal indiv�duo, as quais, pelo que se viu, ainda n�o eram consolidadas", aponta a investiga��o.