Curitiba e S�o Paulo, 29 - A defesa do gestor ambiental Juscelino Dourado - ex-assessor de Antonio Palocci no Minist�rio da Fazenda - vai pedir nesta quinta-feira, 29, ao juiz federal S�rgio Moro que revogue a pris�o tempor�ria na qual ele foi alvo na Opera��o Omert�.
Dourado est� preso desde segunda-feira, 26, quando a 35� opera��o da Lava Jato foi deflagrada pela Pol�cia Federal. Palocci, alvo principal da Omert�, tamb�m foi preso. O prazo da tempor�ria � de cinco dias. O juiz Moro pode estender o prazo ou, ainda, converter em regime preventivo, quando n�o h� previs�o de t�rmino do encarceramento.
Dourado foi homem de confian�a de Palocci desde os tempos em que o petista ocupou o cargo de prefeito de Ribeir�o Preto (SP). Os investigadores da Omert� suspeitam que ele tenha participado diretamente do suposto esquema de repasses da empreiteira Odebrecht que totalizaram R$ 128 milh�es, entre 2008 e 2013, para Palocci e para o PT.
Nesta quarta-feira, 28, Dourado dep�s na Pol�cia Federal em Curitiba, base da Lava Jato. Os investigadores questionaram o gestor ambiental sobre planilhas que, segundo Omert�, indicam o tr�nsito de propinas. Perguntaram, ainda, sobre as rela��es dele com Palocci e as atividades que executou depois que saiu do Minist�rio da Fazenda. Ele afirmou que nunca recebeu "qualquer valor" oriundo do suposto esquema revelado pela Omert�.
Segundo o criminalista Cristiano Maronna, que defende Juscelino Dourado, ele esclareceu � PF que, desde o primeiro semestre de 2005, quando pediu exonera��o do cargo de chefe de gabinete de Palocci na Fazenda, "n�o exerceu mais nenhum cargo p�blico".
"O Juscelino destacou que, desde aquela �poca, n�o manteve nenhuma esp�cie de rela��o com Palocci ou com qualquer pessoa relacionada ao PT", observou Maronna. "Tocou a vida dele sem qualquer envolvimento com nenhuma dessas pessoas citadas (na Omert�). Desde ent�o, vem se dedicando a outras quest�es sem vincula��o pol�tica. Ele � gestor ambiental, tem projetos pessoais", disse.
Na peti��o a Moro, por meio da qual pede que n�o seja prorrogada a tempor�ria e nem decretada preventiva, o advogado apresenta como argumento a "desnecessidade" da manuten��o de Dourado na pris�o. "(Juscelino) tem endere�o fixo, ocupa��o l�cita", assinala Cristiano Maronna. �Os fatos (narrados pela Omert�) ocorreram h� muitos anos. A pris�o cautelar n�o se mostra necess�ria. Como a regra � a liberdade durante a investiga��o estamos pedindo ao juiz S�rgio Moro a revoga��o da tempor�ria", afirmou.