Bras�lia, 29 - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, reconheceu nesta quinta-feira, 29, que houve um aumento na demanda por integrantes das For�as Armadas para refor�ar a seguran�a durante o per�odo eleitoral este ano.
"H� um crescimento sim. A m�dia hist�rica fica em torno de 300 munic�pios, e n�s j� estamos em 408 munic�pios, engajando 25 mil homens em 14 Estados", disse.
Na quarta-feira, o candidato � prefeitura de Itumbiara, Jos� Gomes da Rocha, foi morto e o vice-governador de Goi�s, Jos� Eliton, foi baleado durante um ato de campanha. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), at� agosto, cerca de 20 candidatos foram assassinados em todo o Pa�s.
Em 2012, o plano para garantir a seguran�a durante as elei��es municipais mobilizou 40 mil militares da Marinha, do Ex�rcito e da Aeron�utica. O efetivo militar foi disponibilizado em 395 munic�pios de 11 Estados.
Jungmann afirmou ainda que novos munic�pios podem pedir refor�os at� domingo, dia das elei��es. "N�s teremos, com certeza, em rela��o � elei��o anterior, uma amplia��o no contingente a ser empregado", disse.
Segundo o ministro, a viol�ncia contra candidatos preocupam o governo, mas s�o "fatos policiais" e n�o dizem respeito diretamente � atua��o das For�as Armadas. "O papel que n�s desempenhamos, a pedido da Justi�a Eleitoral, � o de assegurar, dar tranquilidade e seguran�a, durante o processo de vota��o e apura��o. Esses outros aspectos s�o policiais, mas merece uma reflex�o, sem sombra de d�vida", disse.
Desde 1994, as For�as Armadas auxiliam a Justi�a Eleitoral. Al�m do apoio log�stico, os efetivos militares podem atuar na chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO), permitindo que candidatos entrem em redutos eleitorais com seguran�a, bem como no entorno da �rea de vota��o. A atividade, prevista na Constitui��o, tamb�m assegura condi��es para que a popula��o possa exercer a cidadania e votar com tranquilidade.
Realidade fiscal
O ministro afirmou ainda que a dificuldade fiscal do Pa�s "evidentemente" atinge a pasta. "Temos que nos adequar � realidade fiscal com equil�brio entre a manuten��o de projetos estrat�gicos e aparelhamento das nossas For�as", afirmou. Segundo Jungmann, a realidade das contas p�blicas implica em "alguns sacrif�cios" como o prolongamento de alguns cronogramas e que a pasta busca "racionalizar gastos, enxugar, inclusive a sua presen�a f�sica em alguns lugares". "Alguns cronogramas podem ser esticados frutos da nossa realidade fiscal", refor�ou.
Apesar disso, Jungmann afirmou que investimentos em tecnologia levam � redu��o da estrutura da Defesa e das For�as Armadas. "A capacidade das For�as n�o est� comprometida", disse, citando a atua��o do Rio de Janeiro, durante os Jogos Ol�mpicos.
Previd�ncia
Questionado sobre altera��es no regime previdenci�rio dos militares na reforma que est� sendo estudada pelo governo do presidente Michel Temer, Jungmann disse que "n�o h� nada decidido". Ele voltou a defender que o sistema de prote��o social das For�as Armadas tem "distin��es e singularidades". "No meu entendimento, obviamente o que ir� prevalecer � a decis�o do presidente, acredito que a nossa singularidade deve ser preservada", afirmou.
O ministro disse que a manuten��o da separa��o entre a categoria de militares e servidores p�blicos n�o � um privil�gio e que "isso n�o significa que a Defesa e as For�as Armadas n�o se disponham a contribuir com a reforma". "As For�as e a Defesa entendem que a reforma da Previd�ncia � fundamental, decisiva e tem que ser enfrentada", disse.