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Estado de Minas

Nova regra eleitoral favorece candidatos apadrinhado

Para cientistas pol�ticos, elei��es deste ano n�o contribui para a renova��o pol�tica e torna o processo eleitoral menos transparente


postado em 30/09/2016 07:31 / atualizado em 30/09/2016 09:17

Bras�lia - Cientistas pol�ticos avaliam que as novas regras para campanhas a partir deste ano favoreceram os candidatos ricos, apoiados pelas m�quinas p�blicas, aqueles que t�m mais tempo de TV ou que possuem recall - ou seja, que j� disputaram outras elei��es. Para eles, esse cen�rio n�o contribui para a renova��o pol�tica e torna o processo eleitoral menos transparente.

"Em S�o Paulo s�o tr�s candidatos com recall: a Marta (Suplicy, do PMDB), o (Celso) Russomanno (PRB) e o prefeito (Fernando Haddad, do PT). Se voc� olhar para Rio, Belo Horizonte e mesmo em Curitiba, vai perceber que o recall e o tempo de TV tamb�m s�o fundamentais", afirma o cientista pol�tico Carlos Melo, professor do Insper.

Ele ressalta que a grande diferen�a da campanha deste ano para as outras s�o as ruas. "Os sem�foros cheios de pessoas agitando bandeiras t�m sido pouco vistos no Brasil. Voc� tamb�m n�o v� mais distribui��o de recursos, como camisetas e bon�s", diz o professor. Para ele, esse cen�rio � uma demonstra��o de falta de dinheiro, o que n�o significa que as campanhas arrecadaram menos.

Na avalia��o de Melo, o fim da doa��o empresarial para campanhas abre espa�o para o caixa 2. "O caixa 2 n�o vai ser na campanha de rua. Se tiver, vai ser em atividades-meio muito importantes dentro de uma estrat�gia eleitoral." Ele diz que candidatos podem estar usando o caixa 2 para investir em pesquisas e analistas, cujo trabalho � mais dif�cil de ser fiscalizado.

O cientista pol�tico Humberto Dantas acrescenta que as m�quinas p�blicas dos governos estaduais e municipais tamb�m ganharam mais peso neste ano. "Governos bem avaliados se refor�am em todas as suas pr�prias capacidades. O que n�o � problema, porque governos bons continuam", diz Dantas, que � professor da Funda��o Escola de Sociologia e Pol�tica de S�o Paulo (FespSP).

Dantas pondera que o fim do financiamento empresarial n�o contribuiu para equilibrar a disputa eleitoral. "As empresas sa�ram, poucos empres�rios t�m coragem de doar. Mas os que doaram fizeram doa��es significativas e tornaram o jogo bastante desigual", afirma. Segundo ele, a doa��o de grandes montantes para poucos candidatos desequilibra a competi��o.

Ele destaca que outros fatores comprometem a renova��o, como o encurtamento da campanha - de 90 para 45 dias - e as restri��es de propaganda. "Saiu financiamento empresarial, diminuiu o tempo de campanha e restringiu propaganda. Isso mata qualquer renova��o."


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