S�o Paulo, 05 - A Pol�cia Federal informou nesta quarta-feira, 5, que em valores atualizados chega a R$ 31 milh�es a propina que a Odebrecht supostamente pagou � empresa Exergia, de Taiguara Rodrigues, sobrinho do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
A PF concluiu o inqu�rito da Opera��o Janus e indiciou o petista por corrup��o passiva. Segundo a PF, Lula foi contemplado com o pagamento de despesas pessoais pela empreiteira. Em contrapartida, o ex-presidente teria facilitado o caminho para a Odebrecht fechar contratos na �frica.
A investiga��o mostra que na obra de amplia��o e moderniza��o da hidrel�trica de Cambambe, em Angola, Taiguara firmou um contrato milion�rio com a Odebrecht, em 2012. O empreendimento foi financiado pelo BNDES.
Tamb�m foram indiciados no inqu�rito da Opera��o Janus o pr�prio Taiguara e, ainda, o empres�rio Marcelo Bahia Odebrecht - preso na Lava Jato desde 19 de junho de 2015 - e outros sete executivos da empreiteira, estes todos por corrup��o e lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, "as provas recolhidas ao longo dos dez meses de investiga��o demonstram que a empreiteira Odebrecht teria pago R$ 20 milh�es � empresa Exergia, em valores atualizados o valor chegaria a R$ 31 milh�es".
"Esse pagamento ocorreu sem a devida presta��o dos servi�os de engenharia em empreendimentos de infraestrutura financiados pelo BNDES em Angola", diz o relat�rio da PF.
Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, a PF n�o citou o petista nominalmente, classificando-o de "um agente pol�tico".
A fase ostensiva da Opera��o Janus foi iniciada pela PF no dia 20 de maio. Na ocasi�o, os policiais cumpriram 4 mandados de busca e apreens�o, 2 condu��es coercitivas e 5 intima��es.
Desde ent�o a PF realizou cruzamento de dados "bem como utilizando outras t�cnicas de investiga��o, todas elas com a inten��o de esclarecer a poss�vel pr�tica de crimes".
"Os indiciados, na medida de suas participa��es, poder�o responder pelos crimes de corrup��o ativa, corrup��o passiva e lavagem de dinheiro", destaca a PF.
O inqu�rito seguir� agora para an�lise do Minist�rio P�blico Federal, que vai decidir sobre apresenta��o de eventual den�ncia � Justi�a contra Lula e os outros indiciados.