Rio de Janeiro, 06 - Acostumada a produzir v�deos curtos, j� que no primeiro turno o tempo de TV era de 11 segundos, a equipe de TV do candidato a prefeito do Rio Marcelo Freixo (PSOL) tem um desafio neste segundo turno: ocupar os 20 minutos di�rios de propaganda na TV a que cada candidato tem direito. Ser�o dois blocos de dez minutos para cada um dos concorrentes (Freixo e Marcelo Crivella, do PRB), veiculados �s 13 horas e �s 20h30.
"Dez minutos s�o um latif�ndio", dizem os colaboradores de Freixo, cujo espa�o na TV � agora 53,5 vezes maior que o da primeira etapa da elei��o.
A equipe de Crivella enfrenta o mesmo desafio: o candidato tinha 1 minuto e 11 segundos no primeiro turno e agora seu tempo ficou 7,45 vezes maior. Cada candidato tem direito ainda a 35 minutos di�rios de inser��es ao longo da programa��o, com dura��es de 30 a 60 segundos. O hor�rio eleitoral tem de voltar ao ar at� 15 de outubro, mas pode come�ar antes se houver acordo entre partidos e Justi�a.
Estrat�gias
Alguns v�deos feitos para a internet pela equipe de Freixo no primeiro turno ser�o aproveitados na TV, at� para expor o apoio de artistas como Caetano Veloso, Marieta Severo e Wagner Moura. Mas a prioridade � exibir a vida de Freixo. "O tempo na TV vai permitir apresentar Freixo a quem n�o conhece e a quem ouviu falar de forma distorcida", diz Marcelo Salles, um dos coordenadores de comunica��o da campanha.
"N�o � f�cil sair de 11 segundos para 10 minutos, mas ningu�m queria ficar em 11 segundos tamb�m. Temos muita coisa para mostrar, a gente faria o programa de dez minutos todos os dias, n�o tem problema. Mas a gente acha exagerado e caro. Com cinco minutos a gente consegue", diz Freixo.
Estrategista da campanha de Crivella e diretor de conte�do do programa de TV do candidato, Marcello Faulhaber tamb�m trabalha para ocupar os 20 minutos di�rios. "A equipe deve aumentar um pouco, e talvez usemos material feito originalmente para a internet. Mas o foco ser� o mesmo: mostrar os problemas da cidade e as solu��es propostas. Fizemos muita pesquisa para chegar a esse conceito, de que � hora de cuidar dos moradores, pois a gest�o atual priorizou obras e esqueceu da qualidade dos servi�os", diz Faulhaber.
Questionado se o maior espa�o na TV ser� usado para convencer os eleitores de que a Igreja Universal do Reino de Deus, que Crivella integra, n�o vai interferir no eventual governo do candidato, Faulhaber � enf�tico: "N�o queremos responder a preconceitos. Vamos mostrar a vida do Crivella e suas realiza��es, para as pessoas saberem que a vida dele vai muito al�m da igreja. Vamos exaltar seu perfil conciliador e mostrar como ele est� preparado". As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.