S�o Paulo, 06 - O presidente Michel Temer anunciou na manh� desta quinta-feira, 6, que o governo vai ter estudos conclu�dos sobre a reforma da Previd�ncia em uma ou duas semanas e que ap�s esse per�odo enviar� uma proposta sobre o tema ao Congresso Nacional. Em entrevista � r�dio Jovem Pan, Temer voltou a afirmar que a medida � prioridade para o governo ap�s a aprova��o da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que coloca um teto no crescimento dos gastos p�blicos.
O presidente rebateu o artigo escrito pelo presidente da Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, a quem chamou de "sindicalista consciente". No artigo, Patah afirmou que a ideia de que h� um d�ficit previdenci�rio no Pa�s � falsa. "Temos tamb�m que asfaltar o terreno. Estou chamando as centrais sindicais para uma conversa daqui a uma semana, depois com outros membros da sociedade e depois com l�deres da C�mara e do Senado para n�o fazer uma coisa de cima para baixo, mas acertada e conhecida, pelo menos", afirmou Temer.
Ao rebater a tese de Patah, o presidente argumentou que o d�ficit da Previd�ncia � "assustador", em mais de R$ 100 bilh�es este ano e que a proje��o � de quase R$ 160 bilh�es em 2017. "Jovens, que est�o trabalhando, se voc�s n�o ajudarem, n�o patrocinarem, quando bater � porta para se aposentarem, voc�s n�o v�o ter o que receber", disse Temer. Ele afirmou que o ajuste na Previd�ncia n�o acontece "de um dia para o outro" e que a proposta vai produzir resultados "mais adiante".
Assim como est� fazendo com a PEC dos gastos, Temer disse que seu governo vai promover uma campanha junto � popula��o para sensibilizar a opini�o p�blica sobre a necessidade da reforma previdenci�ria.
Teto dos gastos
Michel Temer disse, tamb�m, na entrevista, que � "quase segura" a aprova��o na C�mara da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que coloca um teto no crescimento dos gastos p�blicos com base na infla��o do ano anterior. O plen�rio da Casa deve votar o texto na pr�xima segunda-feira, dia 10.
O presidente afirmou que a articula��o do governo com a base aliada e as campanhas para ganhar apoio popular � proposta d�o seguran�a ao avan�o do texto no Congresso. "Tenho sensa��o, pelas reuni�es com deputados, que h� muita possibilidade de aprova��o, eu posso dizer ali�s que � quase segura a aprova��o do teto de gastos", disse. Temer destacou que seis partidos declararam por conta pr�pria o voto favor�vel � PEC como "quest�o fechada".
O presidente afirmou que n�o tem receio que uma desaprova��o popular da ideia de congelamento de gastos p�blicos dificulte a tramita��o da proposta. "Ao longo do tempo a sociedade sempre cobrou que o Estado contivesse seus gastos p�blicos, o que n�o foi feito anteriormente. Resolvemos faz�-lo de uma maneira muito objetiva com essa PEC", comentou. Ele se direcionou diretamente aos desempregados do Pa�s, afirmando que a medida vai gerar credibilidade e confian�a para gerar investimentos e permitir a abertura de vagas de trabalho.
Temer refor�ou que a campanha publicit�ria que come�ou a ser veiculada nesta quarta-feira, 5, para convencer a popula��o da import�ncia de conter os gastos � importante para o apelo popular. "Se a opini�o popular for sensibilizada, isso tamb�m ajuda no voto do parlamentar", disse.
Temer citou uma pesquisa recebida revelando que se a medida tivesse sido tomada h� quatro ou cinco anos, o Pa�s n�o teria o d�ficit p�blico registrado hoje. "A proposta do teto de gastos tem previs�o de 20 anos, revis�vel apenas no d�cimo ano, portanto estamos vendo o longo prazo", afirmou.