(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Para Alckmin, governo Temer precisa 'convencer' sobre reformas


postado em 06/10/2016 11:07

Rio, 06 - O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta quarta-feira, 5, a proposta de emenda constitucional (PEC) que fixa um teto para as despesas federais, mas afirmou que n�o deve ser votada antes das reformas previdenci�ria, trabalhista, tribut�ria e pol�tica. Na avalia��o do governador, o governo de Michel Temer corre o risco de "usar o cacife" pol�tico para aprovar a PEC e depois n�o conseguir maioria para as demais mudan�as.

"Sou favor�vel � PEC, os gastos de pessoal, custeio e investimento n�o podem crescer mais que a infla��o. Se crescer de um lado, tem que diminuir de outro. Mas eu faria primeiro as reformas. Se aprovar a PEC e n�o aprovar as reformas, a PEC pode n�o ser exequ�vel. Fica dif�cil usar o cacife para aprovar a PEC e depois (aprovar) as reformas mais importantes, previdenci�ria, simplifica��o trabalhista, tribut�ria e a redu��o do n�mero de partidos", disse o tucano.

"O momento � esse, o ambiente pol�tico � favor�vel. � um governo novo, Michel Temer est� come�ando e quem teve dois ter�os para aprovar o impeachment (no Congresso) tem maioria para aprovar as reformas. Agora, precisa convencimento", disse Alckmin em entrevista ao jornalista Roberto D'Avila, da Globonews, que foi ao ar na noite desta quarta-feira.

Alckmin comemorou, na entrevista, a "derrocada" do PT e os bons resultados do PSDB nas elei��es municipais, em especial pela vit�ria do tucano Jo�o Doria em S�o Paulo, no primeiro turno. "O recado das urnas foi esse: o PT do desajuste fiscal, da irresponsabilidade fiscal, dos desvios �ticos, do impeachment, (sofreu) derrocada no Brasil inteiro Agora � preciso ter esperan�a, com foco nas pessoas".

Pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica, assim como o senador e presidente do partido A�cio Neves (MG) e o ministro das Rela��es Exteriores Jos� Serra, Alckmin defendeu a realiza��o de pr�vias no PSDB para a escolha do candidato em 2018. O governador lembrou que por este sistema que Jo�o Doria foi escolhido candidato em S�o Paulo. Na �poca, a insist�ncia do governador no nome do futuro prefeito causou grande divis�o no partido.

"A campanha come�ou bem porque come�ou de maneira democr�tica, com as pr�vias. Foi o caminho mais importante, com o voto de mais de 20 mil filiados. Deu legitimidade", afirmou. Sobre pr�vias em 2018, respondeu: "Sempre defendo a democracia dentro de casa". Alckmin lembrou que o ex-governador Mario Covas fez quest�o de se submeter a pr�via em 1989, embora fosse o �nico pr�-candidato do partido � presid�ncia da Rep�blica.

O governador disse que, em S�o Paulo, far� o "ajuste do ajuste", diante da previs�o de queda de receita no or�amento do ano que vem. "Ajuste fiscal � obra permanente, n�o tem fim. Voc� sempre pode fazer mais e melhor com menos dinheiro. Vamos fazer o ajuste do ajuste no que vem para garantir investimentos, sen�o n�o vai investir", afirmou.

Questionado sobre a cr�tica de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ao "espet�culo midi�tico" de procuradores da Opera��o Lava Jato em Curitiba ao acusarem o ex-presidente Luis In�cio Lula da Silva de ser o comandante da "propinocracia", Alckmin concordou com a fala. "Ele tem raz�o, ribalta � para quem disputa elei��o, os operadores do Direito, seja o Minist�rio P�blico ou a Justi�a, precisam um pouco mais de cautela".

Alckmin evitou comentar decis�o do desembargador Ivan Sartori de absolver policiais militares envolvidos no massacre de 111 presos no Carandiru, pres�dio desativado da capital paulista. Preferiu criticar o excesso de judicializa��o e defendeu a pris�o de r�us condenados em segunda inst�ncia, em vez da espera at� o julgamento do �ltimo recurso.

O governador insistiu na necessidade de o Pa�s criar um ambiente de retomada do crescimento econ�mico. "O Brasil precisa crescer, n�o pode ser o �ltimo da fila. Voc� tem uma espiral muito dura de baixo consumo, baixa produ��o, desemprego e realimenta a espiral recessiva. Tem que retomar a agenda de competitividade. O Brasil tem 3% do PIB mundial. Em algumas �reas da ind�stria, h� 40% de ociosidade e temos 12 milh�es de desempregados. A pol�tica fiscal tem que ser dura. Juros altos sobrevalorizam a moeda e tiram competitividade. Al�m da quest�o fiscal, precisa reduzir juros e ter agenda de competitividade", finalizou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)