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Estado de Minas

Lobista envolvido na m�fia da merenda diz que discutiu repasses com Capez


postado em 11/10/2016 14:01

S�o Paulo, 11 - O lobista Marcel J�lio afirmou em dela��o premiada � Procuradoria-Geral de Justi�a que o deputado Fernando Capzez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de S�o Paulo, recebeu R$ 450 mil para sua campanha � reelei��o em 2014.

Em troca, o tucano teria intercedido em favor da Cooperativa Org�nica Agr�cola Familiar (Coaf), acusada pelo Minist�rio P�blico de fraudar licita��es da merenda em dezenas de prefeituras e que mirava ainda contratos da Secretaria de Educa��o do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

A integra da dela��o de Marcel J�lio foi divulgada pelo rep�rter Walace Lara, no "SPTV Segunda Edi��o" da Rede Globo desta segunda-feira, 10. S�o 23 p�ginas de relato prestado a um procurador de Justi�a, a tr�s promotores e a um delegado da Pol�cia Civil do Estado.

O depoimento do lobista foi tomado no dia 1� de abril. Marcel contou que, em 2014, foi procurado pelo presidente da cooperativa, C�ssio Chebabi. Segundo o delator, Chebabi lhe disse que a Coaf venceu chamada da Secretaria da Educa��o do Estado para um contrato de R$ 10 milh�es.

O lobista procurou, ent�o, Lic� Gutierrez, assessor de Capez, no escrit�rio pol�tico do parlamentar � Rua Tumiaru, perto da Assembleia.

Ele contou que uma vez foi atendido pelo pr�prio tucano. Marcel J�lio afirma que o deputado, � sua frente, ligou para o ent�o chefe de gabinete da Educa��o de Alckmin, Fernando Padula, e foi informado que o edital havia sido cancelado por erro da secretaria.

Ainda segundo o lobista, Capez "esfregou indicador e polegar das duas m�os, rindo". "N�o esquece de mim, hein, estou sofrendo em campanha", teria dito o presidente da Assembleia Legislativa. Para o lobista, o gesto de Capez significava que ele "queria dinheiro".

Duas semanas depois, J�ter Rodrigues, que tamb�m trabalhava com Capez, o chamou no gabinete do deputado, na Assembleia. Segundo Marcel J�lio, o assessor lhe disse que precisava de carros para a campanha de Capez. E que depois de uma nova chamada da Educa��o, em 21 de agosto daquele ano, J�ter o chamou e disse. "Agora, precisamos falar em valores."

Segundo Marcel, o acerto foi fechado, 2% do valor do contrato para J�ter e R$ 450 mil para a campanha de Capez. Ele diz ter ouvido uma advert�ncia: se n�o honrasse o combinado, os pagamentos do Estado seriam "bloqueados". Um dos pagamentos, ele afirmou, no valor de R$ 20 mil, foi realizado dentro da Assembleia Legislativa a um assessor de Capez.

Defesa

O deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de S�o Paulo, nega taxativamente ter recebido valores il�citos da organiza��o criminosa que fraudava licita��es da merenda escolar.

Quando a Opera��o Alba Branca foi deflagrada e seu nome citado nas investiga��es, o pr�prio parlamentar abriu m�o espontaneamente do sigilo banc�rio e fiscal. "Essa dela��o � de abril, foi requentada. No �ltimo depoimento ao Tribunal de Justi�a ele (Marcel J�lio) diz que jamais tratou de dinheiro comigo, e que nem tinha intimidade para tanto. E mais, este trecho da dela��o n�o foi confirmado por nenhuma testemunha. Al�m disso, (Fernando) Padula diz que jamais recebeu liga��o minha", disse o deputado.


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