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Estado de Minas

Propina pagou casamento da filha de Cunha no Copacabana Palace, diz Lava Jato


postado em 19/10/2016 17:49

S�o Paulo, 19 - No pedido de pris�o do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Minist�rio P�blico Federal destacou que dinheiro de propina recebida pelo peemedebista bancou despesas globais de R$ 267,3 mil do casamento de sua filha Danielle Dytz da Cunha no tradicional hotel Copacabana Palace.

"O dinheiro usado para o pagamento do casamento de Danielle Cunha era proveniente de crimes contra a administra��o p�blica praticados pelo seu pai", afirma a for�a-tarefa da Lava Jato, que analisou dados da quebra de sigilo fiscal realizada pela Receita Federal.

Eduardo Cunha foi preso nesta quarta-feira, 19, por ordem do juiz S�rgio Moro, a pedido da Procuradoria da Rep�blica, no Paran�.

Danielle Cunha casou-se no Copacabana Palace em 25 de junho de 2011. O hotel foi questionado pela Lava Jato a "discriminar todos os servi�os prestados, tais como aluguel/loca��o de sal�es, hospedagem, fornecimento de alimentos/bebidas, seguran�a, fotografia, cerimonial, equipamento de som, conjunto musical, servi�os de decora��o, informar nome e CPF/CNPJ das pessoas f�sicas e jur�dicas que tamb�m prestaram servi�os, caso algum dos servi�os n�o tenham sido prestados pelo hotel e a informar de que maneira foram realizados os pagamentos pelos servi�os prestados, acompanhado de documenta��o comprobat�ria".

O Copacabana Palace informou, segundo a for�a-tarefa da Lava Jato, que recebeu de Danielle Cunha R$ 35,7 mil em 4 de abril de 2011, R$ 100 mil em 6 de junho de 2011 e R$ 131,684 mil em 17 de junho de 2011. O hotel declarou tamb�m que, a pedido de Danielle Cunha, as notas fiscais foram emitidas em nome da C3 Produ��es Art�sticas e Jornal�sticas - empresa de Cl�udia Cruz, mulher de Eduardo Cunha e madrasta de Danielle.

O Copacabana informou que emitiu nota fiscal de R$ 266.205,90 pelos servi�os prestados em favor da C3 Produ��es e outra nota, de R$ 1.178,10, em favor de Danielle Cunha.

O hotel comunicou a for�a-tarefa sobre outros prestadores de servi�os do casamento. A Receita intimou os servi�os de fotografia, decora��o, m�veis para eventos, toldos para eventos, cerimonial, floricultura e ilumina��o.

"Todos prestadores de servi�os, salvo o decorador Daniel Cruz (que afirmou que recebeu por transfer�ncias banc�rias da C3) afirmaram que receberam seus pagamentos por interm�dio de dep�sito banc�rio em dinheiro", aponta o documento da Procuradoria.

A Receita Federal concluiu: "Ao analisarmos a contabilidade da empresa C3 Produ��es Art�sticas e Jornal�sticas, verificamos que n�o h� lan�amentos cont�beis relativos �s despesas do casamento. Igualmente, tamb�m n�o foram localizados, nos extratos banc�rios da C3 Produ��es, os respectivos pagamentos dessas despesas."

An�lise preliminar do Fisco n�o identificou saques nas contas banc�rias de Danielle Cunha que "permitissem a ela efetuar os dep�sitos nas contas dos prestadores de servi�os".

"Ao que tudo indica, a maioria dos pagamentos das despesas do casamento foi feita em dinheiro, muitas vezes de forma fracionada e sem a identifica��o do depositante", diz relat�rio da Receita.

Para a for�a-tarefa, "embora a quest�o ainda mere�a maior aprofundamento, resta claro que o dinheiro usado para o pagamento do casamento de Danielle Dytz da Cunha era proveniente de crimes contra a administra��o p�blica praticados pelo seu pai, o ex-deputado federal Eduardo Cunha".


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