Bras�lia, 19 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), esquivou-se de emitir uma opini�o sobre a pris�o preventiva do ex-presidente da C�mara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no curso da Opera��o Lava Jato. Na segunda vez que deixou o plen�rio da Casa nesta tarde, logo ap�s a aprova��o de uma medida provis�ria que facilita a realiza��o de privatiza��es do setor el�trico, Renan deu uma resposta enigm�tica sobre a deten��o de Cunha, de quem sempre foi desafeto dentro do PMDB.
"O que importa saber o que eu acho?" respondeu Renan nesta quarta-feira, ap�s duas vezes ter sido questionada por jornalistas na entrada em seu gabinete. Na primeira vez, que tinha deixado o plen�rio, ele havia ignorado questionamentos de jornalistas. Renan, alvo de quase 10 inqu�ritos no Supremo Tribunal Federal em raz�o da Lava Jato e que j� teve um pedido de pris�o apresentado pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, negado pela Suprema Corte, conduziu os trabalhos do Senado nesta quarta-feira normalmente.
N�o fez qualquer manifesta��o quando o l�der da oposi��o no Senado, o tamb�m investigado na Lava Jato Lindbergh Farias (PT-RJ), e o senador peemedebista Roberto Requi�o (PR), que � cr�tico do governo Michel Temer, afirmaram em plen�rio que Cunha poder� fazer uma dela��o premiada ap�s a pris�o.
"Acaba de ser preso Eduardo Cunha. Sinceramente, espero que ele fa�a uma dela��o, porque, se ele fizer uma dela��o, esse Governo do Temer n�o se sustenta por um dia", disse Lindbergh Farias.
"Presidente, na verdade, eu s� quero trazer ao plen�rio uma informa��o. Dentro desse processo fant�stico que culminou na cassa��o da presidente Dilma Rousseff, temos um fato novo: h� poucos instantes foi preso o deputado Eduardo Cunha, e a sociedade brasileira aguarda com muita aten��o uma fant�stica dela��o premiada", provocou Requi�o.