Bras�lia, 20 - O PSB protocolou nesta quinta-feira, 20, na Mesa Diretora da C�mara dos Deputados, uma representa��o contra o deputado Laerte Bessa (PR-DF) por ter feito um discurso ofensivo contra o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). A representa��o deve ser encaminhada nos pr�ximos dias para o Conselho de �tica para abertura de processo por quebra de decoro parlamentar.
Na representa��o, o partido diz que Bessa fez um pronunciamento atacando Rollemberg em frente ao Pal�cio do Buriti (sede do governo local) durante assembleia do Sindicato dos Policiais Civis. "Ent�o eu quero dizer para voc�s que n�s n�o suportamos mais o descaso com que o governador est� com essa categoria. No fim a� da semana passada, eu n�o queria ir, mas tamb�m vou pela institui��o, porque me d� mal-estar conversar com esse vagabundo desse Rollemberg, d� mal-estar. Ele � vagabundo porque ele � maconheiro, todo maconheiro para mim � vagabundo...", declarou.
Na sequ�ncia, o deputado chamou o governador de "mentiroso", "frouxo", "incompetente", "pilantra", "safado" e "pregui�oso". Tamb�m sobrou para o chefe da Casa Militar do Distrito Federal, Cl�udio Ribas, que foi xingado.
Esse n�o ser� o primeiro processo que Bessa enfrentar� no Conselho de �tica. O PT encaminhou uma representa��o contra o parlamentar ap�s ele ter atacado a bancada petista e os ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff. "Quero dizer para Vossas Excel�ncias que n�o sou corrupto e n�o sou ladr�o. E tenho liberdade para chamar os petistas, em sua grande maioria (� claro que h� algumas ressalvas, aqui nessa Casa h� ressalvas), de ladr�es. Os petistas t�m que sair do Pa�s, juntamente com a vagabunda da Dilma e seu amigo Lula", disse Bessa, durante sess�o plen�ria de 15 de junho.
O primeiro processo caminha para ser arquivado. O relator do caso, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), apresentou um parecer pr�vio pela inadmissibilidade da representa��o. O relat�rio preliminar estava na pauta de vota��es de quarta-feira do colegiado, mas a pris�o do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) esvaziou os trabalhos da C�mara e n�o houve sess�o no conselho por falta de qu�rum.
Representa��es contra deputados a partir de discursos ou express�o p�blica de opini�o tendem, geralmente, a ser arquivadas no Conselho de �tica. O entendimento de parte dos conselheiros � que o direito a liberdade de express�o parlamentar deve ser preservado, independentemente do conte�do do coment�rio.