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Estado de Minas

Estat�sticos denunciam fraudes em pesquisas

O Tribunal Superior Eleitoral exige que toda pesquisa eleitoral seja registrada em seu site antes de realizada, com os dados do contratante e do estat�stico respons�vel


postado em 21/10/2016 07:31 / atualizado em 21/10/2016 08:20

S�o Paulo - Pesquisas eleitorais da campanha municipal de 2016 foram registradas com dados falsos de estat�sticos, segundo denunciam os pr�prios profissionais.

Doris Fontes, presidente do Conselho Regional de Estat�stica da 3. ª Regi�o, afirma que nomes e n�meros de registro de filiados � entidade aparecem em levantamentos no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sem que eles tenham participado de fato dos trabalhos. Ela pr�pria teve seu nome utilizado em mais de 20 pesquisas realizadas pela empresa Bom Dia Rio Preto Comunica��es. "Nunca na minha vida realizei pesquisa eleitoral", ressaltou.

Outros profissionais relatam situa��es semelhantes. Renata Nunes C�sar, do instituto Datafolha, afirma que seu nome e registro foram usados para o registro de uma pesquisa na cidade de Campo Limpo (MG), pela empresa Di�rio Em Dia. Ela afirmou nunca ter atuado em pesquisas fora do instituto em que trabalha.

Maria Rita Lucas, do Instituto Statsoft, afirmou que seu instituto aparece nos registros do TSE como autor de tr�s pesquisas eleitorais, embora n�o trabalhe com essa atividade. Al�m disso, os registros indicam o nome e n�mero de um estat�stico que � ex-funcion�rio do Statsoft, Andr� Willy Castro. Ele afirmou que n�o realizou nenhuma das tr�s pesquisas.

Exig�ncia


O Tribunal Superior Eleitoral exige que toda pesquisa eleitoral seja registrada em seu site antes de realizada, com os dados do contratante e do estat�stico respons�vel. O tribunal, por�m, "n�o realiza qualquer controle pr�vio sobre o resultado das pesquisas", segundo informa seu site.

A descoberta das fraudes se deu porque, nas elei��es de 2016, o TSE passou a permitir em seu site a consulta por nome e n�mero de registro de estat�sticos respons�veis por pesquisas.

Identidades. No Maranh�o, a empresa Ma+ Consultoria e Servi�os usou dados falsos de um estat�stico em um levantamento na cidade de Formosa da Serra Negra. O dono da empresa, Avenildo Aquino Pinto, foi preso por estelionato em mar�o deste ano. Ele � alvo de inqu�rito policial por ter dois CPFs.

Nos registros do TSE, o nome do respons�vel pela pesquisa da Ma+ em Formosa da Serra Negra � "L�zaro Ramos de Andrade", com o n�mero de registro profissional 7941 - esse registro, por�m, pertence a outro estat�stico, Carlos Magno Machado, do Rio Grande do Norte. A Ma+ registrou uma segunda pesquisa em nome de L�zaro Ramos de Andrade, na cidade de Graja� (MA), mas com outro n�mero de registro profissional.

Aquino Pinto  foi procurado em sua empresa, mas ningu�m atendeu os telefonemas.

O propriet�rio da empresa Bom Dia Rio Preto, Kleber Moreira, negou que as pesquisas tenham sido registradas sem o consentimento da estat�stica Doris Fontes e afirmou que ela foi contratada de fato para a pesquisa. J� o propriet�rio do Di�rio Em Dia, de Campo Belo (MG), Richard Pereira, n�o respondeu �s liga��es da reportagem, que tamb�m deixou recado no seu celular.


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