Bras�lia, 21 - N�o � a primeira vez que a Pol�cia Federal bate �s portas do Congresso Nacional. Em tempos de Opera��o Lava-Jato, essa � a segunda situa��o em que policiais fazem varreduras nas depend�ncias do Parlamento em busca de provas contra pol�ticos.
Em dezembro do ano passado, uma a��o policial atingiu em cheio o PMDB. Funcion�rios da C�mara foram surpreendidos com policiais cumprindo ordem de busca e apreens�o na Diretoria Geral da Casa e na resid�ncia oficial da presid�ncia, na �poca ocupada pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O constrangimento entre os deputados e a repercuss�o negativa da opera��o provocaram a primeira derrota de Cunha no Conselho de �tica. Depois de v�rias manobras do ex-deputado e de seus aliados, no mesmo dia da invas�o policial o colegiado aprovou o parecer preliminar que pedia a continuidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o peemedebista.
Em setembro de 2006, policiais da Opera��o M�o de Obra fizeram buscas no Senado. A PF investigava den�ncias de fraudes em licita��es na contrata��o de funcion�rios terceirizados para a Casa e outros �rg�os p�blicos. Na ocasi�o, o Minist�rio P�blico acusou a PF de avisar previamente o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros �rg�os sobre a a��o. Renan designou para acompanhar as buscas o ent�o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, suspeito de integrar o esquema de fraude.
Nesta manh�, agentes da PF deixaram o Senado com quatro policiais legislativos presos por suspeita de tentar dificultar investiga��es contra senadores. Ap�s a deflagra��o da Opera��o M�tis, Renan divulgou uma nota onde afirmou que a institui��o manter� uma postura colaborativa, mas cobrou que Minist�rio P�blico e Pol�cia Federal guardem "seus limites". "As institui��es, assim como o Senado Federal, devem guardar os limites de suas atribui��es legais. Valores absolutos e sagrados do Estado democr�tico de direito, como a independ�ncia dos poderes, as garantias individuais e coletivas, liberdade de express�o e a presun��o da inoc�ncia precisam ser reiterados", escreveu Renan.