� esse ter�o que derruba l�deres e elege azar�es. Em horas, um favorito pode virar terceiro colocado. Foi assim com Celso Russomanno em 2012 e 2016, e com Marina Silva em 2014.
Nas cidades com mais de 500 mil habitantes, a parcela dos eleitores que improvisam o voto � ainda mais numerosa, chegando a 45% - a mesma taxa da m�dia das capitais. � quase metade do eleitorado das principais cidades do Pa�s deixando para decidir em cima da hora em quem vai votar.
N�o � coincid�ncia que o desinteresse e volatilidade sejam maiores nas grandes cidades, onde o eleitor est� mais distante do candidato e do governo. A uma semana do segundo turno, 24% dos eleitores de Manaus dizem que ainda podem mudar seu voto. Em Belo Horizonte, 20%. J� tinha sido assim no primeiro turno.
J� nos munic�pios menores, onde o eleitor conhece o prefeito pessoalmente e o trata pelo apelido, 63% dizem definir o voto logo no in�cio da campanha.
H� outra diferen�a importante entre as elei��es de prefeito nas grandes e pequenas cidades. Nas metr�poles e capitais, a principal fonte de informa��o para o eleitor escolher seu candidato � a TV: 36% citam-na como maior influenciador do voto.
Nas cidades at� 50 mil habitantes, a TV � secund�ria. Conversas com parentes e amigos s�o protagonistas: 27% dizem que � assim que escolhem em quem votar, contra 13% nas cidades grandes. A TV � o principal influenciador para s� 19% nas pequenas cidades.
A dificuldade de conhecer o candidato de perto, a falta de discuss�o sobre pol�tica com amigos e parentes e a intermedia��o da rela��o com os representantes pela TV parecem aumentar o desinteresse pelo processo eleitoral nas maiores cidades e, por tabela, a mutabilidade das inten��es de voto. Por isso, s�o as capitais tamb�m do voto improvisado.