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Estado de Minas

Acordo de dela��o premiada entre Cunha e Lava-Jato assombra Planalto e PMDB

Ap�s ser preso, na quarta-feira passada, o ex-presidente da C�mara incluiu em sua equipe de defensores o advogado Marlus Arns, que j� negociou a colabora��o de executivos da construtora Camargo Corr�a


postado em 24/10/2016 07:32 / atualizado em 24/10/2016 08:37

(foto: Evaristo Sá/AFP)
(foto: Evaristo S�/AFP)

Curitiba - A contrata��o de um escrit�rio de advocacia especializado em dela��es premiadas pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi interpretada por investigadores da Opera��o Lava-Jato como um recado ao partido. Ap�s ser preso, na quarta-feira passada, o ex-presidente da C�mara incluiu em sua equipe de defensores o advogado Marlus Arns, que j� negociou a colabora��o de executivos da construtora Camargo Corr�a.

A possibilidade de um acordo de Cunha com a for�a-tarefa da Lava-Jato assombra o Planalto e membros do PMDB. O ex-parlamentar atuava nos bastidores como uma esp�cie de tesoureiro informal do partido, intermediando doa��es eleitorais a aliados.

Citado por delatores como recebedor de propinas relacionadas a contratos da Petrobr�s, investigadores ouvidos pelo

Estado


afirmam que o papel de Cunha no comando do esquema na estatal � secund�rio. Os ind�cios contra o peemedebista, segundo uma pessoa envolvida na apura��o do caso, at� agora apontam muito mais para tentativas de extors�o do que por sua influ�ncia nos neg�cios da empresa.

Cunha � acusado na Lava-Jato de receber propinas por contrato da Petrobr�s na �frica e em constru��o de plataformas, via Diretoria Internacional da estatal, que faria parte da cota do PMDB no esquema de ocupa��o pol�tica dos cargos na empresa. Ele responde ainda por lavagem de dinheiro, oculta��o de patrim�nio em contas secretas na Su��a e tentativa de obstru��o �s investiga��es.

Na C�mara, parlamentares dizem acreditar que o avan�o das investiga��es sobre a fam�lia de Cunha poderia acelerar uma eventual negocia��o por acordo de dela��o premiada do peemedebista. A mulher, Cl�udia Cruz, e sua filha Danielle s�o alvo da Lava-Jato.

Dela��o


Respons�vel pela homologa��o de mais de 50 acordos de colabora��o, o juiz S�rgio Moro defendeu em palestra em Curitiba, um dia depois de prender Cunha, os acordos de colabora��o. Segundo ele, investiga��es de crimes de corrup��o s�o complexas e muitas vezes "n�o h� como prescindir do aux�lio" de criminosos.

"Crimes n�o s�o cometidos no c�u, nem nos conventos, como regra, ent�o n�o podemos chamar anjos ou freiras como testemunhas desses casos criminais envolvendo a administra��o p�blica", afirmou o juiz.


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