Para Fux, Renan teve raz�o no conte�do, mas errou na forma ao criticar M�tis

S�o Paulo, 28 - O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), avaliou nesta sexta-feira, 28, que o senador Renan Calheiros (PMDB) pode ter tido raz�o no conte�do, mas errou na forma como expressou as criticas � opera��o M�tis, respons�vel pela abertura de uma crise entre Legislativo e Judici�rio.

"Pelo o que conhe�o do senador Renan Calheiros, certamente ele deve ter reconhecido, em algum momento, a utiliza��o inadequada dessas express�es", disse Fux, ao ser questionado a respeito das declara��es do peemedebista de que a opera��o que prendeu temporariamente quatro servidores da policia do Senado n�o poderia ter sido autorizada por um "juizeco de primeira inst�ncia", referindo-se ao juiz da 10� Vara Federal de Bras�lia, Vallisney Oliveira, que autorizou as pris�es pela Pol�cia Federal.

Em resposta, a presidente do STF, C�rmen L�cia, cobrou respeito ao Judici�rio e declarou que onde um juiz for destratado, ela tamb�m ser�.

Ap�s participar de um congresso no Insper, Fux comentou que, nesse epis�dio, a ministra C�rmen L�cia cumpriu seu papel como chefe maior do Judici�rio, mas ele descartou qualquer interfer�ncia da tens�o entre os poderes na sess�o do Supremo, marcada para a pr�xima quinta-feira, 03, que vai julgar se r�us de a��es penais na Corte podem exercer cargos da linha sucess�ria da Presid�ncia da Rep�blica, o que pode se tornar uma amea�a � posi��o de Renan como presidente do Senado.

"A regra principal da magistratura � que todo cidad�o tem direito de ser julgado por um juiz imparcial e insuspeito. N�o vai influir em nada", afirmou Fux. Em entrevista a jornalistas, ele disse tamb�m n�o ver retalia��o na decis�o de Renan de colocar em pauta mat�rias que v�o contra interesses de servidores do Judici�rio.

Questionado se a liminar que suspendeu a opera��o M�tis representaria uma vit�ria de Renan, Fux respondeu que a decis�o - do ministro do Supremo Teori Zavascki - n�o abordou a quest�o da fala do senador, mas sim a independ�ncia dos poderes e a necessidade de autoriza��o judicial para que opera��o no Senado fosse realizada.