
S�o Paulo, 29 - Das 18 capitais que ter�o vota��o no segundo turno neste domingo (30), em no m�nimo 11 delas a disputa deve ser definida com uma margem pequena de votos, segundo apontam pesquisas divulgadas pelo Ibope at� sexta-feira (28). O instituto realizou pelo menos um levantamento em cada uma das cidades.
No outro extremo, candidatos aparecem com ampla vantagem em rela��o aos advers�rios em seis cidades. No Rio de Janeiro, por exemplo, Marcelo Crivella (PRB), desponta com 61% das inten��es de votos v�lidos - quando s�o exclu�dos os brancos, nulos e indecisos -, tendo 22 pontos porcentuais de diferen�a para Marcelo Freixo (PSOL), que aparece com 39%.
Em Recife, a vantagem � do atual prefeito e candidato � reelei��o, Geraldo J�lio (PSB), que tem 60% das inten��es de voto v�lido, contra 40% do petista Jo�o Paulo. Situa��es semelhantes ocorrem em Porto Velho, Macei�, Goi�nia, Macap� e Cuiab�.
Novas pesquisas
Em Campo Grande, a diferen�a de Marquinhos Trad (PSD), que era de 26 pontos porcentuais no levantamento divulgado no dia 14, caiu para dez pontos na pesquisa publicada nesta sexta (28). Ele aparece com 55% das inten��es de voto, ante 45% da sua advers�ria na disputa, a tucana Rose Modesto.
O mesmo ocorreu em Florian�polis, em que �ngela Amin (PP) conseguiu se aproximar de Gean Loureiro (PMDB) e tamb�m ficar a dez pontos porcentuais (55% a 45%) na pesquisa divulgada sexta (28). Antes, a vantagem do peemedebista era de 34 pontos.
O levantamento � semelhante ao cen�rio da disputa em Porto Alegre, onde o Ibope mostrou nesta sexta (28) vantagem de Nelson Marchezan (PSDB), com 56% das inten��es de voto, 12 a mais do que Sebasti�o Melo (PMDB), que tem 44%. A dist�ncia chegou a ser de 16 pontos.
Equil�brio. Para o cientista pol�tico Jos� Paulo Martins J�nior, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), esse equil�brio de for�as � uma sinaliza��o positiva dentro do sistema democr�tico. “Se tem segundo turno, a tend�ncia � que existam dois grupos fortes com potencial eleitoral equivalente”, diz.
Para Humberto Dantas, cientista pol�tico do Insper, n�o � poss�vel generalizar o cen�rio pol�tico das capitais, pois a realidade de cada uma deve ser levada em considera��o. “A gente tem visto elei��es com caracter�sticas muito diferentes. No Rio de Janeiro, os polos da esquerda e da direita foram para o segundo turno. Mas, ao mesmo tempo, � estranho que, em Porto Alegre, a elei��o tenha come�ado com a lideran�a de dois candidatos da esquerda e ela tenha ficado fora da disputa agora”, afirma.
Dantas cita Recife e Fortaleza como capitais em que a situa��o � mais similar, uma vez que ambas t�m seus atuais prefeitos na disputa do segundo turno.
Para ele, a quantidade significativa de votos brancos e nulos do primeiro turno pode se repetir no domingo, assim como o chamado “voto �til”. “No Rio, com a esquerda e a direita mais definidas, o eleitor do centro pode ficar sem op��o, e a� muitas pessoas n�o iriam � urna pelo voto, mas pelo veto.”